AUSÊNCIA DE MINISTRO IRRITA DEFENSORES DO SUS EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CÂMARA

Postada em 18 de maio de 2016 as 18:13
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Manifestantes a favor do Sistema Único de Saúde (SUS) que lotaram o Plenário 7 das Comissões da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (18) ficaram frustrados com a ausência do ministro interino da Saúde, Ricardo Barros, na audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família. Parlamentares leram e apoiaram o manifesto do Conselho Nacional de Saúde (CNS) em defesa da saúde pública.

Manifestantes repudiam ideia de que é preciso rever tamanho do SUS

O debate principal girou em torno da declaração do ministro à imprensa em que disse ser preciso rever o tamanho do SUS. O deputado Jorge Solla (PR-BA), que leu o documento do CNS durante a audiência, criticou a postura adotada por Barros. “Não vamos admitir perdas de direito, especialmente no que diz respeito a uma política pública tão importante como o SUS”, afirmou.

 
No documento, o CNS destaca a luta pela aprovação da PEC 01/2015, que aumenta gradativamente os recursos do SUS. Além disso, critica propostas como a PEC 143/2015, que desvincula receitas levando a perda de até R$ 80 bilhões da saúde, e a PEC 451/2014, que beneficia planos de saúde privados em detrimento do sistema público de saúde.
 
Durante a audiência pública, conselheiros do CNS distribuíram cópias do manifesto e fizeram corpo a corpo com parlamentares pela defesa da saúde pública. O deputado Chico D’Angelo (PT-RJ) foi outro que criticou a possibilidade de revisão do SUS. “Nunca vi um ministro assumir e dizer que é preciso rever a universalidade do sistema de saúde. Isso quer dizer reduzir, por exemplo, campanhas de vacinação e serviços como o Samu. Discurso fora da realidade”, disse.
 
Mesmo confirmando presença, Ricardo Barros justificou a ausência informando reunião de última hora no Palácio do Planalto. No Senado Federal, a Comissão de Assuntos Sociais aprovou nesta quarta-feira requerimento para ouvir o ministro sobre as declarações feitas à imprensa. A data ainda será marcada.
 
Fonte: Susana Scarlet / Assessoria do CNS
Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados

LEIA NOTA DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE

 



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