Depois de manifestações nas ruas de Camaçari, ao longo desta terça-feira, dia 6, denunciando publicamente as precárias condições de trabalho e o pouco caso da gestão municipal com a saúde da população, os médicos voltaram a se reunir em assembleia à noite, quando definiram a continuidade da greve.
A posição dos médicos, entretanto, é de buscar insistentemente o diálogo com a Prefeitura, para que seja instalada uma mesa de negociação séria, capaz de discutir propostas consistentes de melhoria da estrutura, ambiente e condições díginas de trabalho nas unidades de saúde da cidade.
Embora a Prefeitura insista em plantar notícias na mídia dizendo que está aberta à negociação, os fatos desmentem claramente essa versão oficial. Não é à toa que até mesmo o bispo da Diocese de Camaçari, Dom João Carlos Petrini, vem se disponibilizando a intermediar o diálogo com os gestores. O bispo não teria porquê atuar como intermediador caso houvesse realmente uma negociação em andamento.
Todas as respostas dadas pela Prefeitura, até o momento – inclusive o ofício encaminhado ao Sindimed -, são evasivas ou negativas. Claramente não existe intenção de buscar uma acordo razoável, que contemple as necessidades dos médicos, da população e que, ao mesmo tempo, seja exequível por parte do poder público.
Para o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, “falta aos gestores de Camaçari a sensibilidade necessária para conduzir os interesse públicos com responsabilidade. Parece que eles não entenderam ainda que com saúde não se brinca. Mas a forma com que vem tratando os médicos, a greve e a atenção aos cuidados com a população, obviamente carece de seriedade”, avalia Magalhães.
Intermediação
Mais uma vez o movimento grevista contou com a sensibilidade de Dom Petrini, que esteve empenhado, durante todo o dia, em abrir um canal de diálogo efetivo com a Prefeitura. O bispo se manteve disponível a essa intermediação até mesmo à noite, quando recebeu os informes da assembleia dos médicos.
Na conversa com Dom Petrini, os médicos reafirmaram a disposição de se negociar um acordo com a Prefeitura.
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