Carta aberta à diretora do Couto Maia

Postada em 2 de agosto de 2020 as 20:09
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Prezada Dra. Ceuci Nunes;

Corre, nas redes sociais, um texto atribuído à senhora, posto que consta o seu nome, que discorre considerações acerca de uma das nossas publicações no site da instituição como de cunho ideológico em relação à condução do tratamento do COVID-19.

A respeito do referido texto, inicialmente, quero louvar que não tenha se desfiliado mesmo com a mudança de gestão. Isso mostra que, assim como eu, entende que o SINDIMED está acima de qualquer gestão que é transitória, mas a instituição é perene.

Cumpre-me como atual presidente esclarecer que o SINDIMED é uma entidade cuja missão maior é defender os direitos dos médicos e os interesses da Classe. Assim sendo, não é atribuição da entidade opinar por este ou aquele método diagnóstico ou terapêutico. Sabemos, como médicos, que a medicina é a ciência das verdades transitórias e, portanto, a compreensão da patologia e o tratamento mudam com o tempo.

Na esteira deste entendimento, o SINDIMED vem atuando incansavelmente em defesa da classe e, durante a pandemia, fizemos várias ações com a finalidade de proteger os médicos, inclusive no que diz respeito ao direito à vida e integridade física, tentando afastar os profissionais idosos, gestantes e aqueles com co-morbidades da linha de frente do atendimento aos pacientes com suspeita de COVID 19. O relatório das ações será publicado brevemente no nosso site.

Seguindo a mesma direção, a nossa posição oficial não visa opinar sobre este ou aquele protocolo de tratamento (causa de divergências entre médicos de renome e peso nacional) mas vem defender a autonomia do ato médico em fazer resguardar, ao profissional médico, o direito de ter a liberdade de conduzir o tratamento conforme seu entendimento, em conjunto com o esclarecimento e aquiescência dos pacientes, sem interferências externas de cunho ideológico.

O post mencionado no texto atribuído à senhora, na verdade vem resguardar o direito do médico em opinar sobre sua própria saúde, defendendo o direito destes profissionais, se quiserem, terem o acesso às drogas que escolherem para uso próprio, sem onerar suas receitas já combalidas por contratos precários e perda de postos de trabalho.

Do mesmo modo, estamos no limiar do surgimento de vacinas em várias partes do mundo, ainda em fase de testes e, portanto, sem ainda comprovação total de eficácia e efeitos colaterais. Mais uma vez, não caberá ao SINDIMED opinar por vacinas deste ou daquele país por cunho ideológico. Caberá ao SINDIMED, seguindo de modo coerente, defender o direito dos médicos ao pleno acesso à todas as vacinas que vierem a surgir, ainda que na fase de teste conforme o tirocínio dos nossos colegas.

Ana Rita De Luna Freire Peixoto
Presidente do SINDIMED
02 de agosto de 2020

Prezada Dra. Ceuci Nunes;  Corre, nas redes sociais, um texto atribuído à senhora, posto que consta o seu nome, que discorre considerações acerca de uma das nossas publicações no site da instituição como de cunho ideológico em relação à condução do tratamento do COVID-19.  A respeito do referido texto, inicialmente, quero louvar que não tenha se desfiliado mesmo com a mudança de gestão. Isso mostra que, assim como eu, entende que o SINDIMED está acima de qualquer gestão que é transitória, mas a instituição é perene.  Cumpre-me como atual presidente esclarecer que o SINDIMED é uma entidade cuja missão maior é defender os direitos dos médicos e os interesses da Classe. Assim sendo, não é atribuição da entidade opinar por este ou aquele método diagnóstico ou terapêutico. Sabemos, como médicos, que a medicina é a ciência das verdades transitórias e, portanto, a compreensão da patologia e o tratamento mudam com o tempo.  Na esteira deste entendimento, o SINDIMED vem atuando incansavelmente em defesa da classe e, durante a pandemia, fizemos várias ações com a finalidade de proteger os médicos, inclusive no que diz respeito ao direito à vida e integridade física, tentando afastar os profissionais idosos, gestantes e aqueles com co-morbidades da linha de frente do atendimento aos pacientes com suspeita de COVID 19. O relatório das ações será publicado brevemente no nosso site.  Seguindo a mesma direção, a nossa posição oficial não visa opinar sobre este ou aquele protocolo de tratamento (causa de divergências entre médicos de renome e peso nacional) mas vem defender a autonomia do ato médico em fazer resguardar, ao profissional médico, o direito de ter a liberdade de conduzir o tratamento conforme seu entendimento, em conjunto com o esclarecimento e aquiescência dos pacientes, sem interferências externas de cunho ideológico.  O post mencionado no texto atribuído à senhora, na verdade vem resguardar o direito do médico em opinar sobre sua própria saúde, defendendo o direito destes profissionais, se quiserem, terem o acesso às drogas que escolherem para uso próprio, sem onerar suas receitas já combalidas por contratos precários e perda de postos de trabalho.  Do mesmo modo, estamos no limiar do surgimento de vacinas em várias partes do mundo, ainda em fase de testes e, portanto, sem ainda comprovação total de eficácia e efeitos colaterais. Mais uma vez, não caberá ao SINDIMED opinar por vacinas deste ou daquele país por cunho ideológico. Caberá ao SINDIMED, seguindo de modo coerente, defender o direito dos médicos ao pleno acesso à todas as vacinas que vierem a surgir, ainda que na fase de teste conforme o tirocínio dos nossos colegas.  Ana Rita De Luna Freire Peixoto  Presidente do SINDIMED  02 de agosto de 2020



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