A mobilização dos médicos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) dos Barris está incomodando os interesses empresariais da Fundação José Silveira (FJS). O sinal mais evidente disso foi a demissão de um profissional, no dia 28 de abril, sem qualquer justificativa.
No entendimento do Sindicato dos Médicos, a dispensa arbitrária foi em decorrência do processo organizativo que ocorre na UPA dos Barris, onde os médicos querem barrar a demissão de sete profissionais que trabalham nos plantões noturnos, além de um pediatra diarista.
A Fundação José Silveira já havia dado aviso prévio a todos os empregados como forma de pressionar o município a reajustar o valor do contrato de terceirização que mantém com a Prefeitura. E agora, com a demissão, tenta atacar a legitima mobilização dos médicos.
Resistência
Além de atentar contra a liberdade e autonomia sindicais, a demissão configura uma estratégia deliberada de precarização, em detrimento do atendimento de qualidade à população. Os profissionais da Unidade, entretanto, não se deixarão abater pela tentativa de intimidação. A mobilização em defesa dos postos de trabalho continua.
O Sindimed faz um alerta à população sobre o risco de desassistência, principalmente no torno da noite, quando as equipes podem ficar mais desfalcadas se a Fundação persistir na redução das equipes.
Precarização
A lógica de redução de custos também é adotada pelo governo do Estado. No Hospital Professor Carvalho Luz, os médicos também estão mobilizados contra a redução de pessoal.
Lamentavelmente, o que ocorre nos âmbitos municipal e estadual não está distante da política do governo federal de favorecimento aos interesses econômicos em detrimento das demandas populares em nossa sociedade.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, pela primeira vez na história, e na contramão do interesse social, pediu que as verbas para sua pasta fossem reduzidas. Em outras palavras, quem deveria zelar pela saúde pública trabalha hoje para o desmonte do SUS.
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