DICA CULTURAL: 2 LIVROS SOBRE TEATRO +

Postada em 20 de maio de 2016 as 09:33
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Com a saída de cena de um governo que não fez nada para que o bumbá perambulasse mais, nem que a juventude conhecesse o teatro invisível de Augusto Boal (teria tudo e mais tudo a ver com a ambiência de Salvador,  ou de Ilhéus, ou Prado, concordam?) e /ou ajudou que o teatro de marionetes (tão barato e tão multipedagógico) se espalhasse pelas escolas, temos uma boa notícia da Funarte no fecho deste não curto ciclo:

"Um palco pequeno, plateia de 100 lugares, sem bilheteria: um teatro em Santa Teresa, bairro boêmio carioca. Assim era, nos anos 1950, o Teatro Duse, o primeiro teatro-laboratório do Brasil, fruto da ousadia do escritor, diplomata, crítico, diretor, animador cultural e, acima de tudo, incentivador das artes e da cultura Paschoal Carlos Magno (1906-1980). Foi sobre esse projeto revelador de atores, autores, diretores e cenógrafos das artes cênicas que se debruçou o dramaturgo, diretor teatral, ator e professor Diego Molina para escrever 'Teatro Duse: o primeiro teatro-laboratório do Brasil', editado pela Fundação Nacional de Artes – Funarte", diz comunicado de imprensa.

O livro foi lançado nesta semana, no dia 17, no Rio de Janeiro. Assim que aparecer uma resenha, fazemos uma remissão na forma de link, certo?

Eu liguei para a redação de A Tribuna, de Santos, para pedir que Carlota Cafiero, a jornalista brasileira que mais entende de teatro, me ajudasse a sopesar a importância desta obra. Como a coleguinha, que acompanho desde os tempos do Correio Popular (Campinas), está de licença-baby, valho-me do recurso de link para mostrar, que sim, nós temos carlotas e nós temos mais um livro recente de qualidade resgatando o teatro brasileiro. Deleitem-se com uma resenha de Carlota, de outra obra.

Apesar de morrer de ''inveja'' do tal gente boa Luiz Campos (teve o luxo de entrevistar Barbara Heliodora, de quem só cheguei perto uma vez), ainda reforço que é estimulante o fato do Jornal do Comercio, do Recife, ter um setorista que se incumbe de desenvolver o tema na forma de entrevista, mesmo a mais de 2.000 quilômetros do presumível público alvo (ou não-alvo).

Por aqui, operários e comerciários estão entre coxias: no Teatro Martim Gonçalves (sim, o pequenino teatro da UFBa, no bairro do Canela), por 6 vezes tivemos o espetáculo 'Em Construção', com curtíssima temporada, o que me impediu de fazer uma edição a respeito de meu jornal Mano a Mano (leiam abaixo).


 

Imagem de arquivo


O Sindicato dos Comerciários de Salvador, que quase me fez chorar há 2 meses, ao inaugurar uma placa de homenagem ao meu eterno colega, falecido há muitos anos, jornalista Pedrão (Pedro Augusto), com quem fizemos dupla em mais de um lugar, inaugurando no Brasil o clipping sindical diário, abre de novo as portas de seu teatro (ali ao lado do Colégio Central) para a volta da comédia 'Ai, meu Santo Antônio!'. A peça é de João Augusto, nosso amigo que foi referido em nossa Dica Cultural há poucos meses, quando falamos de Anísio Teixeira.

Este espetáculo fica em cartaz durante junho e julho, aos sábados e domingos, às 19h. Os ingressos estão a 20 e 10 reais. A dica extra é que o espaço 'merece' ser solicitado por muito mais gente, para outras atividades, mas não digam que a sugestão foi minha…o teatro – próprio do sindicato leva o nome do dramaturgo baiano Dias Gomes.

Em Vitoria da Conquista, um secretario municipal (por sinal, também ativista cultural) avisa que conseguiram sustar o processo pelo qual o portentos Cine Madrigal, um marco da Bahia dos anos 1960, seria vendido para uma igreja. Mas ainda não se conseguiram verbas para garantir a sua recuperação. Quando isso ocrrer, a previsão é que tenhamos mais apoio para o teatro do que para o cinema, de início.

Mano a Mano

O Mano a Mano é um jornalzinho de frente ou frente e verso com matérias muito especiais, que bolei para ajudar a resgatar a identidade do produtor cultural com o público no momento da CIRCULAÇÃO. Exatamente o primeiro número foi para disseminar a notícia da peça teatral Mágico Mar, em sua passagem/montagem próxima ao meu local de moradia, já que ela se fez presente em vários pontos de Salvador.


Dr Deoclides, diretor do Sindimed e Fenam, com seu exemplar do Mano a Mano

De quebra, me aproximei de um dos fotógrafos que se comprometeu a nos ceder algumas fotos de teatro baiano para nosso painel de frente para a rua (que hoje está sendo atualizado), na sede do Sindimed.

 

Quando eu me entristeço, como na abertura desta nota, imagino, por exemplo como poderia ser bonito ver um grupo de bumba-meu-boi da cidade de Pedrão, que fica ao lado de Alagoinhas (ou um dos muitos bois de Camaçari), simplesmente itinerando pelas ruas de bairros com pessoas pobres de dinheiro ou pobres de outras pobrezas de nossas cidades médias. Olhem o cartaz do festival, ele mostra a garra dessa gente. Espero ter a graça de ir lá em 28 de agosto, sentar em um canto e aprender um bocadinho mais…

*Texto e pesquisa de Marko Ajdaric.


ICQ  694000225
skype: Marko Ajdaric 


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