Dica Cultural: pérolas do Dia Internacional da Animação

Postada em 10 de novembro de 2017 as 14:03
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Em 28 de outubro de 1892, Emile Reynaud realizou a primeira projeção pública de imagens animadas do mundo, em Paris (cartaz acima). Para celebrar a data, em 2002, a ASIFA (Associação Internacional do Filme de Animação) instituiu o “Dia Internacional da Animação” contando com diferentes grupos afiliados em mais de 30 países.

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No Brasil, o evento é realizado pela Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA), em centenas de cidades, sempre na mesma data, independentemente do dia da semana.

Na Bahia, houve sessões em Barreiras, Caatiba, Coaraci, Itacaré, Itapetinga, Jacobina, Juazeiro, Ouriçangas, Ourolândia, Porto Seguro, Salvador, Santa Maria da Vitória, Senhor do Bonfim, Serra Preta, Uruçuca, Várzea Nova e Vitória da Conquista.

Eu fui à única sala da capital, localizada na RV Galeria de Arte, no Rio Vermelho, também loja e editora de quadrinhos. A RV ainda mantém um projeto chamado Animassa, todo primeiro sábado de cada mês, com exibição de curtas de animação, às 17 horas.

Antes de passar ao que sugiro a vocês verem dos fimes exibidos, transcrevo entrevista cedida online por Marcelo Marão, maior mentor da ABCA.

P) que critérios vocês usaram para a seleção 

Foram 95 curtas inscritos de vários estados brasileiros. Destes, foram selecionados 9 para exibição na Mostra Nacional e 7 para compor a Mostra Infantil.

O processo de seleção foi iniciado a partir da indicação do corpo de jurados pela ABCA. Os filmes da Mostra Nacional e Mostra Infantil foram selecionados durante os meses de julho e agosto de 2017. O júri foi composto por Cecília da Fonte (PE), Felippe Steffens (RS), Fernando Ferreira Garróz (SP), Maria Leite (MG) e João Cardoletto (RJ).
Eles tiveram autonomia para definir os critérios – sejam estes em função de originalidade, qualidade técnica, duração, técnica escolhida, regionalismo.
Como os cinco membros do júri têm perfis profissionais bastante distintos, a ABCA acredita que este ecletismo é enriquecedor e justo para a seleção final.

Resumindo:
1. A variedade temática e de técnicas.
Como temos a intenção de apresentar ao grande público um painel da produção brasileira, é sugerido – na medida do possível – montar uma sessão eclética, com distintas formas de narrativa e de técnicas de animação.

2. Não há nenhum problema em selecionar trabalhos antigos ou que tenham corrido muitos festivais.
Não existe nenhuma preocupação com ineditismo, porque a maioria do grande público que receberá a sessão não é o público de festivais de cinema.

P) o número de cidades tem aumentado? 

O evento que tem entrada franca e é sem fins lucrativos, foi para a sua DÉCIMA QUARTA edição, conquistando, a cada ano, maior visibilidade e parceiros em diversos municípios brasileiros. Na primeira edição, em 2004, o evento foi realizado em São Paulo, já no segundo ano do evento, ocorreu em cinco capitais brasileiras; em 2006, em 19 cidades; em 2007, em 50 cidades; em 2017, o evento alcançou 220 cidades, contando com a participação de todos os 26 estados brasileiros e Distrito Federal, sendo o maior evento simultâneo do gênero realizado no Brasil.

P) por que os filmes não estão veiculados em sua íntegra pelos cineastas em plataformas como Vimeo e YouTube?

Cada diretor/produtor tem uma estratégia particular de distribuição e exibição. Desta forma, alguns postam on-line e outros preservam os filmes para manter o ineditismo necessário para a venda a canais de TV ou VOD.

Obrigado
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Do que eu vi, sugiro por as crianças na frente do aparelho para ver a fábula chamada ‘Macacada’, de Thomas Larson (SP), que já foi dado a temas muito mais ácidos. O filme usa a técnica de stop motion (objetos fotografados quadro a quadro).

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A grande emoção mesmo fica por conta de ‘Caminho dos Gigantes’, do peruano radicado no Brasil, Alois di Leo, sobre uma tribo que tem uma relação tão íntima com as árvores que até dorme nelas. Confira aqui, o trailer oficial, e o site oficial, que traz um emocionante making of, que vai agradar não somente aos cinéfilos, dado o acurado uso de música andina no filme. Não perca!

Como vocês viram na vinheta do DIA 2017, este ano se comemorou 100 anos da animação brasileira. Do primeiro filme, ‘O Kaiser, do animador Alvaro Marins, alcunhado Seth, só sobrou um fotograma, o que deu margem a 8 animadores re-bolarem com muita liberdade a partir daquela imagem. O resultado, pode ser conferido aqui.

Texto e pesquisa de Marko Ajdaric.
http://www.facebook.com/marko.ajdaric.79

Material exclusivo do Sindicato dos Médicos da Bahia. Não se autorizam cópias, no todo ou em parte.



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