No dia 11 de março, às 8 horas, na Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a APUB (que desde alguns anos representa os professores da UFBA e também da UFRB) realiza a atividade chamada '45 anos sem Anísio Teixeira: Desmontando a Versão Oficial'. Como palestrante, temos alguém que inequivocamente gosta do legado de Anísio Teixeira, muito além de suas raízes regionais: João Augusto Rocha, professor da própria 'Poli', cordelista e integrante dessa querida casta de seres, os agitados agitadores culturais, como podem ver na imagem que fecha este artigo, retirada de um exemplar de A Tarde de janeiro deste ano. Em tempo: 11 de março é a dada exata de 45 anos do presumível assassinato, em 1971.
Sobre a imagem que abriu nossa dica desta semana, cabe dizer que não conseguimos falar com o caro professor, mas como vamos à atividade, é possível que tenhamos uma atualização desta matéria em breve. Para quem é de Salvador, fica nosso convite, até porque conhecemos e confiamos na gestão da APUB no tocante a estas atividades culturais.
Para quem possa e quem não possa ir no dia 11, fica meu apelo:
Não deixem de assistir este vídeo de Monica Simões, de 45 minutos, sobre a trajetória do mais destacado dos pedagogos baianos, filho de médico, nascido em Caetité. Acessem aqui.
Além de recuperar (para mim o ponto alto do filme) a altivez de Ernesto Simões Filho, ministro ao convidar Anísio Teixeira para multiplicar os raios de sua atuação por todo o Brasil, contam também o sonho realizado da escola Parque, o descortínio de Octavio Mangabeira em confiar no mestre os seus não poucos amigos de sonhos e re/descobertas, os depoimentos que mostram o conluio dos atrasos brasileiros contra um homem que só queria que todos tivessem uma boa escola que não fosse coercitiva. Ah, a escolha dos depoentes também é primorosa.
Para os médicos e médicas, em especial, vale ver no filme a lembrança do nome dado à Escola Parque: Centro Educacional Carneiro Ribeiro. Muitas vezes esquecido, o pai da pedagogia baiana (se bem me lembro, foi do próprio Anísio esta remissão).
Se houve um dia em que eu quase aplaudi publicamente a marca monopsônica do Google foi em 2014, quando, surpreendentemente, brindou a todos com uma imagem de capa sobre os 175 anos de Carneiro Ribeiro, que também era colega de vocês e dos poucos a desancar o todo-poderoso dos poderosos de então, Ruy Barbosa.
Guardem na memória e espalhem. Quantos Emilios Goeldis temos que não mereceram tal distinção?
Triste é pensar que apesar de tudo, tudo o que fizemos, hoje não há nem sombra de anisios e nem de darcys…
*Texto e pesquisa de Marko Ajdaric.
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