A médica obstetra e diretora do Sindimed, Mônica Bahia, foi readmitida pela Maternidade José Maria de Magalhães Neto, após reunião das entidades médicas (Sindimed, Cremeb e ABM) com provedor da Santa Casa na última terça-feira (26). A médica retoma o posto na próxima terça-feira (02/02). Resultado que mostra a importância de lutar em defesa do direito à livre manifestação e politização médica.
A decisão foi tomada após uma série de ações públicas do Sindimed, entidades médicas e da própria categoria contra a demissão arbitrária da obstetra. Umas das suspeitas da demissão diz respeito ao engajamento político da médica, que já havia chamado a atenção dos gestores da unidade por sua atuação na denúncia sobre a situação crítica da assistência obstétrica na Bahia, especialmente na Maternidade José Maria de Magalhães Neto. Entre as medidas tomadas pelas entidades, a manifestação pública contra a Santa Casa de Misericórdia da Bahia, que administra a maternidade, e a cobrança imediata de readmissão da médica ao gestor e ao Secretário de Saúde, Fábio Vilas Boas foram fundamentais para a conquista.
Segundo a diretora Mônica Bahia, o objetivo político dela é mostrar à população que o médico não é o responsável pelos problemas na saúde, mas sim os gestores. “Médico não se transforma em maca, material nem remédio. Tenho embates no MPT com a Santa Casa para reavermos as conquistas da greve de 2013, mas sempre vejo que há necessidade de que o gestor maior, a Sesab, faça investimentos”.
A médica ainda acrescenta que os vínculos precários não dão qualquer segurança contra gestores déspotas e ressalta a importância de realização de concursos públicos.
O Sindimed e demais entidades médicas continuam observando o caso e dando todo suporte a Mônica Bahia e a todos os médicos que lutam pela qualidade de saúde à população, para terem preservados o direito de se manifestar.
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