A greve dos médicos de Camaçari teve início com adesão maciça dos profissionais nesta quinta (28) e contou com o apoio da população, que conhece de perto as mazelas da estrutura de saúde pública do município. O movimento também recebeu manifestações de apoio de diversas associações de bairros.
À noite, em assembleia, os médicos fizeram uma avaliação positiva da paralisação e discutiram ainda a liminar que prefeitura conseguiu junto à Justiça determinando a volta ao trabalho. A decisão, naturalmente, está sendo contestada pelo Sindicato, que aproveitará a oportunidade para apresentar ao judiciário os fatos que motivaram a greve, reafirmando o descaso dos gestores com a saúde do município.
O centro da mobilização é em defesa da população que vem cobrando a correção das irregularidades por parte do governo municipal. Tanto é verdade que as condições de trabalho constituem o objeto principal da greve, que a população apoiou em peso o movimento.
Além disso, a paralisação também cobra a reposição das perdas inflacionarias. Os médicos já estão há três anos sem reajuste salarial. Mesmo assim, a greve só veio após várias tentativas de negociação, sempre frustradas pela Prefeitura.
Mobilização em ação
A assemblei aprovou ainda ações para incrementar movimento e denunciar condições de trabalho precárias. Nesse sentido, será produzido um ato político-cultural em defesa da saúde de Camaçari, com atividades de música, teatro e outras manifestações artísticas num local público da cidade.
Também está na pauta a realização de debates com entidades como os ministérios públicos do Estado e do Trabalho, associações de moradores, igrejas, Câmara Municipal e com a própria Prefeitura Municipal.
Os médicos participarão também de um ato publico de protesto, na terça, dia 2, em frente à UPA Nova Aliança, promovido pela comunidade representada pela Associação dos Moradores PHOCs e da Gleba C.
Certos da justeza do movimento, os médicos estão confiantes e firmes na paralisação. A orientação é para que todos participem das atividades de greve e se integrem também aos grupos nas redes sociais para multiplicar ainda mais as ações de mobilização.
Uma nova assembleia já está agendada para a próxima quinta, dia 4, 19h30, no Sindimed.
Vamos avaliar e discutir os novos encaminhamentos do movimento.
[…] mostram despreparo para exercer os seus cargos. Em vez de sentar e dialogar com os médicos, em greve desde 28 de dezembro, a gestão tenta intimidar os profissionais com base em informações inverídicas. Conforme […]