Decepção foi o sentimento marcante na assembleia dos médicos de Camaçari na noite de quinta-feira (25), quando foi avaliada a resposta da Secretaria Municipal de Saúde aos pleitos apresentados no decorrer do movimento grevista que está em curso.
Nem mesmo a intermediação do bispo de Camaçari, Dom João Carlos Petrini, foi capaz de sensibilizar os gestores para as dificuldades enfrentadas pelos profissionais no atendimento à sofrida população do município. E a carta de intenções lavrada e assinada na presença de Dom Petrini, no dia 18, foi, na prática, rasgada pela Prefeitura.
O ofício encaminhado ao Sindimed pelo secretário Elias Natan Dias, com duas páginas é um desfile de justificativas para negar todos os pleitos dos médicos e quase uma peça de propaganda política das realizações que alegam ter feito nessa gestão.
A Prefeitura nega qualquer reajuste, mesmo sabendo que os salários estão sem recomposição inflacionária desde 2015. Não admitem a incorporação da produtividade e ainda anunciam a instalação de relógios de ponto, reforçando a concepção equivocada deles em que a saúde do povo deve ser tratada como mercadoria e o serviço médico como linha de montagem.
Diante da decepção geral com a seriedade na condução das negociações, os médicos reafirmaram a disposição de manter a greve e continuar firmes na luta por uma saúde de qualidade e condições dignas de trabalho.
Um verdadeiro absurdo o que a gestão do DEM faz com os servidores públicos do município foi assim com os professores, com os servidores e agora com os servidores médicos!!!
Todo apoio a greve dos servidores!! Dizem que estão transformando Camaçari mas desse jeito só se for pra pior!!!