Mais de 1.100 trabalhadores da Maternidade Prof. José Maria de Magalhães Netto, entre eles muitos médicos, continuam a ver navios, desde o encerramento do contrato – em agosto de 2018 -, entre a Sesab e a Hygia, empresa que intermediava a mão de obra na unidade de saúde do estado.
Os médicos cobram mais comprometimento por parte do governo estadual no sentido de sanar as pendências trabalhistas e evitar mais um calote. A Hygia, até hoje, não pagou os direitos nas rescisões, tais como saldo do salário, férias, 13º, multa de 40 % do FGTS, estabilidade da gestante etc.
No dia 12 de junho, o Sindimed-BA participou de mais uma audiência no Ministério Público do Trabalho, para discutir o problema com representantes da Hygia e da Sesab. A representação do governo, entretanto, sequer tinha conhecimento do assunto em pauta, reafirmando o pouco caso com que trata a categoria médica. Uma nova audiência ficou agendada para o dia 3 de julho.
É impressionante a recorrência de situações com essa. Quando terminam os contratos com o governo, as empresas não pagam o que devem aos profissionais e fica um jogo de empurra sobre a responsabilidade pelas rescisões.
Segundo o advogado do Sindimed que acompanha o caso, Dr. Jorge Calabrich, a empresa reclama um repasse final de R$ 8 milhões, que a Sesab não reconhece como devido. Enquanto isso, quem sai no prejuízo são os trabalhadores.
É óbvia a irresponsabilidade do Estado ao repetir a contratação de empresas como essas. Por isso, o Sindimed segue cobrando a realização de concursos públicos para acabar com essas terceirizações prejudiciais aos médicos e à população.
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