Nestas segunda e terça, dias 25 e 26, somente casos graves serão atendidos. A Maternidade de Referência José Maria de Magalhães Netto, no Pau Miúdo, terá os atendimentos suspensos. Os médicos voltaram a anunciar a paralisação depois que, mais uma vez, a gestão terceirizada, feita pela empresa Hygia, não cumprir o acordo firmado.
Os atrasos de salários já vêm ocorrendo há mais de um ano e, diante disso, diversas negociações foram feitas, mas os acordos, até agora, só ficaram no papel. Os médicos reivindicam ainda a contratação através da CLT, proposta já aceita pela Hygia, mas até agora não cumprida.
No início do mês, uma assembleia indicou a paralisação por 48 horas, nos dias 14 e 15, reivindicando os salários de agosto, cujo prazo legal para o pagamento se encerrou no dia 8. Os gestores prometeram regularizar a situação e solicitaram a suspensão da paralisação, no que foram atendidos pelos médicos. O problema é que o pagamento ficou só na promessa e já se caminha para acumular mais um mês sem salários.
Histórico de irregularidades
Os profissionais da Maternidade de Referência têm sido vítimas de uma série de irregularidades trabalhistas nos últimos anos, sendo o atraso de salários a parte mais visível. A Santa Casa de Misericórdia, ao sair da administração da unidade, deixou um débito milionário com os trabalhadores. A Hygia vem trilhando o mesmo caminho.
A despeito dos prejuízos evidentes que este modelo de contratação traz para a sociedade, penalizando a população e os profissionais de saúde, o Governo do Estado (Sesab) insiste em terceirizar as suas unidades.
Em reunião ocorrida em abril, a Secretaria de Saúde e a Hygia comprometeram-se em manter o pagamento dos médicos em dia, mas não é isso que está acontecendo. A recorrência do atraso dos salários é mais uma prova da e falta de compromisso do governo. Ao invés de terceirizar, o secretário de Saúde, Fábio Vilas Boas, deveria assumir a gestão direta dos serviços de toda a rede pública.
[…] Depois de várias promessas de regularização dos salários dos profissionais que ali trabalham, mais uma vez os pagamentos sofreram atraso, agora em setembro, e os médicos se mobilizaram para chamar a atenção para o problema que é recorrente (saiba mais). […]