A necessidade de aumentar a mobilização foi a principal constatação da assembleia desta terça (04), que reuniu médicos de todos os vínculos na sede do Sindimed. Nesse sentido, foram aprovadas diversas ações a serem encaminhadas, a exemplo de um cronograma de reuniões nas unidades da rede própria do Estado, com o objetivo de apresentar os desafios e caminhos para o enfrentamento que se coloca para os servidores.
A deliberação de decretar o estado de assembleia permanente é exatamente para que essa assembleia tenha prosseguimento junto ao conjunto dos médicos, em seus locais de trabalho, ampliando a mobilização em todas as bases. Vale registrar que as perdas salariais resultantes da sonegação da reposição inflacionária, desde 2014, já ultrapassou a casa dos 20%.
Judicialização
Outra pauta tratada nesta noite foi a judicialização da cobrança de correção salarial. Após informar que a recusa do governo em promover a reposição anual das perdas, com base na inflação do período, incorre em descumprimento da Constituição, o advogado do Sindicato, Celso Vedovato, apresentou algumas opções de encaminhamento judicial para a questão. Vedovato, entretanto, sinalizou que é preciso uma análise mais criteriosa sobre a melhor estratégia.
Entre as possibilidades jurídicas apresentadas estão o Mandado de Segurança Coletivo, frente à inconstitucionalidade do congelamento salarial e, também, outra ação contra o aumento da contribuição previdenciária, posto que a majoração dessa alíquota impõe aos servidores uma redução forçosa dos salários, com perda ainda maior do poder aquisitivo.
Devedômetro
A assembleia foi unânime em aprovar a inclusão do Governo do Estado entre os maus pagadores dos médicos, colocando a Sesab no Devedômetro do Sindimed-BA, na medida em que se recusa a fazer os reajustes a que os médicos têm direito.
Outra deliberação é a criação petições virtuais para coleta de assinaturas reivindicando a justa correção dos salários. As iniciativas vão reforçar a denúncia do estelionato eleitoral que o governo Rui Costa está promovendo ao manter e ainda querer aprofundar o arrocho salarial dos servidores.
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