Os profissionais denunciaram a superlotação da UPA, que está recebendo demandas de alta complexidade do Hospital Roberto Santos, além dos recorrentes atrasos de salários.
A UPA Cabula, que é gerida pelo Instituto de Gestão Humanizada (IGH), está prestes a ter as suas atividades restritas. Em abaixo-assinado entregue ao Sindimed, nesta segunda-feira (02), os profissionais informam que poderão iniciar a restrição de atendimento dentro de 72 horas, após o comunicado aos órgãos competentes, conforme determina a legislação. A equipe de médicos plantonistas da unidade denunciou a superlotação e também os atrasos nos pagamentos dos honorários médicos, que vêm ocorrendo desde julho deste ano.
No documento, os médicos se mostraram preocupados com o futuro da UPA, que tem atendido, desde setembro, demandas de pacientes vindos do Hospital Roberto Santos. O HRS é um hospital de atendimento de alta complexidade, fato que altera drasticamente o perfil de atendimento da UPA, que é de pacientes de baixa e média complexidade.
Outro fator mencionado é que, mesmo com o atendimento das demandas do HSR, a UPA continua tendo que atender o seu fluxo de pacientes anterior, que já era de alta demanda. Só para se ter uma ideia, a sala vermelha, que tem capacidade atender até quatro pacientes graves – com risco iminente de morte –, atualmente tem sido ocupada com dez macas, em condições ergonomicamente inadequadas.
Ainda de acordo com os médicos, a UPA não dispõe de espaço físico, exames complementares, nem das especialidades médicas que são adequadas ao perfil dos pacientes do HSR. A unidade tem recebido demanda de 10 a 20 pacientes por hora, triados na unidade. Os profissionais classificaram como “surreal” as circunstâncias em que estão trabalhando, tendo em vista que essa situação coloca em risco a vida da população usuária do serviço.
O abaixo-assinado foi encaminhado ao Sindimed, IGH, Cremeb, Sesab e Ministério Público do Estado da Bahia.
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