Médicos de Alagoinhas vivem drama de trabalhar sem remuneração

Postada em 15 de julho de 2020 as 23:09
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Muito embora a realidade do principal hospital de Alagoinhas – o Dantas Bião -, atualmente apresente menos problemas, o mesmo não se pode dizer em relação às demais estruturas de saúde do município. Após observar pessoalmente as condições do trabalho na cidade, a presidente do Sindimed-BA, Dra. Ana Rita de Luna, faz um relato contundente. Em todos os serviços a principal apreensão é com a falta de pagamento, que já chega há três meses.

Com o agravante de que há rumores de que a gestora ASM pode ser trocada a qualquer momento, o que gera ainda mais incertezas no ambiente de trabalho, porque com essa defasagem os médicos correm risco real de calote, especialmente em ano eleitoral. Curiosamente, entretanto, a UPA especial que foi aberta para Covid, administrada pela mesma empresa, está pagando em dia. Maternidade Na Maternidade de Alagoinhas, por exemplo, as deficiências estruturais em função do tempo da construção são evidentes e demandam reformas urgentes.

Os médicos reclamam ainda que os atrasos salariais são recorrentes. Só receberam no dia 14 de julho o referente ao mês de maio. Esse pagamento deveria ter ocorrido no dia 20 de junho. Os médicos (todos PJ) relatam que a ASM fazia os pagamentos no dia 1º do mês subsequente, depois passou para o dia 20 e agora já invade o mês seguinte, ou seja, são quase dois meses de distância do período trabalhado. Os médicos também se queixam de problemas no fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

O kit individual para atendimento contém apenas uma máscara N-95 por semana. Ainda assim, não há registro de contaminação de médico na unidade. Policlínica Na Policlínica do município a situação de insegurança quanto ao pagamente é ainda mais grave. Os médicos já acumulam quase 3 meses de atraso. Além disso, há um a sobrecarga de trabalho. Embora a demanda pelos vários atendimentos siga constante, a empresa gestora já demitiu cardiologista, endocrinologista, neurologista e gastroenterologista, como se não houvessem outras doenças além da Covid.

Caps III Com o confinamento determinado pela Covid e a diminuição das atividades lúdicas, aumentaram as emergências psiquiátricas, tornando ainda mais intensos e difíceis os atendimentos para os médicos, no Centro de Atendimento Psicossocial. Além da sobrecarga, os profissionais ainda enfrentam também os atrasos da remuneração.

A ASM já acumula três meses sem pagar, como faz na Policlínica. Samu Nesse serviço não foi relatado, nesse momento, problemas de desabastecimento de equipamento de proteção para os profissionais, o que concentra as atenções são os atrasos salariais. Também aí, a gestora ASM fez pagamento apenas para uma parte da equipe, do mês de maio. O atraso é de quase três meses, assim como na Policlínica, no Caps III, e no Centro de Atendimento ao Hipertenso e Diabético (que estava fechado, mas já reabriu).



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