Médicos de São Gabriel pressionam para implantação de concurso público

Postada em 6 de fevereiro de 2018 as 17:17
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Os médicos da prefeitura de São Gabriel (a cerca de 500 km de Salvador) iniciaram o ano dando exemplo de articulação e mobilização contra a redução de salários, as contratações na modalidade pessoa jurídica (por credenciamento) e pela melhoria das condições de trabalho. A categoria se mantém atenta ao compromisso assumido pelo prefeito Hipólito Rodrigues, de realizar num prazo de 180 dias um estudo de viabilidade financeira para implantação de concurso público.

São Gabriel fica em pleno sertão baiano, área de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

O compromisso foi assumido em uma reunião realizada em Salvador no dia 5, com a participação do Sindimed, que teve papel fundamental nas negociações. Outro ponto positivo dos contatos com a prefeitura foi a garantia do retorno ao trabalho de cinco médicos que, em sinal de protesto, abriram mão de seus cargos após a demissão retaliatória de uma colega que bradou contra a decisão oficial de reduzir os salários. A redução acabou não sendo feita devido à forte reação da categoria, que de pronto contou com o apoio do sindicato.

Seu presidente, Francisco Magalhães, adverte que a entidade continuará pressionando a prefeitura para ver implantado o concurso público no município e cobrará o cumprimento da promessa de melhoria na estrutura de funcionamento da sáude pública de São Gabriel. Deste a crise iniciada com a demissão injusta de médica que se levantou contra a redução salarial até os recentes entendimentos com a prefeitura,  a população do município ficou praticamente desasistida na área da saúde pública, por mera imprevidência dos gestores.

Os médicos apostam que esta mobilização pode ser considerada a primeira do gênero na região de São Gabriel, onde intimidações e retaliações são expedientes comuns usados por gestores contra quem discorda da forma como os serviços públicos são administrados. E esperam que a partir disso os profissionais sejam devidamente respeitados. Logo após a demissão da médica, os gestores fizeram uma carta acusatória contra a profissional e obtiveram como resposta uma outra carta, com 187 assinaturas, repudiando a forma de gestão e o tratamento dispensado aos profissionais do município.

Uma profissional que preferiu não se identificar lamentou que os salários dos médicos referentes a dezembro de 2017 e janeiro deste ano ainda estejam atrasados. Quanto as arbitrariedades por parte da prefeitura de São Gabriel, o Sindimed fez a devida notificação ao Ministério Público do Trabalho,  Ministério Público do Estado da Bahia e Ministério Público Federal.



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