Finalmente o governo da Bahia revogou a proibição das férias, licenças e até mesmo afastamentos temporários dos servidores públicos que atuam nos serviços essenciais. A medida estava em vigor desde março, quando tiveram início as medidas emergenciais de enfrentamento à pandemia do Coronavírus. Os médicos, estavam há praticamente sete meses em trabalho diuturno e exaustivo, sem a perspectiva do descanso que lhes é facultada por lei.
Para os médicos tal proibição aumentou consideravelmente o risco de adoecimento, na medida em que veio agravar o estresse de quem já vinham trabalhando sem o merecido descanso. A suspensão do direito somou-se ao desgaste e à sobrecarga que se avolumou na linha de frente do combate à Covid-19.
Para o Sindimed-BA, a SESAB mais uma vez demonstrou descaso ao retardar as férias daqueles que tinham o direito e em especial os médicos do grupo de risco, mais vulneráveis à Covid. O Sindicato, inclusive, preocupado com a saúde física e mental desses profissionais enviou ofício ao secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas Boas, há mais de um mês – no dia 3 de setembro -, cobrando a revogação da medida.
A suspensão das férias e licenças estava determinada por artigo do Decreto nº 19.529/20, em vigência há quase sete meses, atingindo não apenas os servidores das áreas de saúde, mas também da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba). A revogação só ocorreu no dia 15 de outubro.
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