Os ortopedistas do Hospital Menandro de Faria, em Lauro de Freitas, paralisaram as atividades até que o governo do estado restabeleça os postos de trabalho irresponsavelmente cortados. Na noite de terça-feira (31/10), eles foram informados pelo WhatsApp sobre a decisão arbitrária de reduzir em um terço o quadro de ortopedia num hospital de alta demanda e referência em atendimentos de emergência e urgência.
Com a decisão, tomada sem qualquer explicação ou prévio aviso, a partir desta quarta-feira (01) os ortopedistas do Menandro de Faria passariam a ser apenas dois, número incompatível com a realidade daquela unidade, responsável por quase o dobro dos atendimentos verificados no Hospital Geral do Estado (HGE). O Sindimed apoia a decisão dos médicos e enviou ofício ao Ministério Público do Trabalho, Cremeb e Sesab com vistas à suspensão dos efeitos da medida.
A diretora do Menandro de Faria, Murita Laborda, chancelou a decisão da Sesab, alegando determinação superior. Enquanto isso, os médicos daquela unidade continuam a trabalhar em meio à carência material e, agora, com o quadro ainda mais reduzido. A decisão de cortar postos de trabalho vem num momento em que o governador Rui Costa, em visita a Cuba, cogita importar para a Bahia médicos daquele país. Na verdade, o que os médicos brasileiros precisam é de mais postos de trabalho e melhores condições para atuar nas unidades de saúde, sobretudo públicas.
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