Secretário de Saúde da Bahia na contramão das necessidades da categoria médica

Postada em 21 de setembro de 2018 as 10:49
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O Conselho Superior das Entidades Médicas da Bahia (Cosemba), com representações do Sindimed, Cremeb e ABM, esteve reunido com o secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, no dia 5 de setembro, quando foram novamente cobradas diversas demandas da categoria médica que estavam sem resposta.

Lamentavelmente, todas as questões pendentes foram inteiramente negadas pelo secretário. A primeira delas foi sobre o aumento real linear para os médicos da Sesab, bem como a reposição da inflação de 2014 a 2017, o que impõe uma defasagem salarial gritante, com grave perda do poder aquisitivo.

Além de negar a melhoria dos salários, Vilas-Boas posicionou-se ainda contra a realização de concursos públicos para a inserção de novos profissionais na estrutura da Saúde. Infelizmente, a Sesab continuará com a política de contratações precárias, na sua maioria indiretas, que não garantem estabilidade nem vínculo seguro de trabalho. Isso reduz também o aporte aos fundos de pensão do Estado. O Funprev e o Baprev não estão sendo ampliados portanto, por consequência da decisão politica de falta de concurso público e ausência de reajuste e reposição inflacionária.

Educação médica

Quanto à formação profissional, o Cosemba já havia manifestado a preocupação das entidades com a qualidade da formação dos estudantes nos estágios e nas residências médicas, dada exiguidade de locais e preceptores.

As entidades vinham questionando do secretário a informação sobre uma possível cobrança dos internatos das faculdades privadas por parte do Estado. Segundo o titular da Sesab, existe mesmo essa previsão de cobrança. Vilas-Boas defende que a prioridade de campo de estágio e internato é para estudantes oriundos das universidades públicas.

A atual presidente do Cosemba, que também é titular do Sindimed, entende que há um paradoxo no posicionamento acerca do campo para o aprendizado prático dos novos médicos, na medida em que os hospitais da rede própria têm sido oferecidos pelo governo para garantir a abertura de novos cursos privados. “Como se sabe, uma das exigências do MEC para novas escolas é contar com local para o aprendizado prático”, lembra a Dra. Ana Rita.

As entidades médicas têm constatado deficiências estruturais e funcionais graves, com ausência frequente de insumos e equipamentos, que além de não proporcionar atendimento assistencial de qualidade, não tem capacidade para ser campo de suporte para o ensino médico de qualidade.

Além da presidente do Sindimed, participaram também da reunião com o secretário os titulares do Cremeb, Dra. Tereza Maltez, e da ABM, Dr.Robson Moura.

 



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