Em continuidade ao cronograma de visitas a unidades de saúde, a presidente do Sindimed-BA, Ana Rita de Luna, foi nesta sexta-feira (11) ao Hospital Mário Leal, no IAPI. Especializada em saúde mental, a unidade necessita de novas contratações de médicos psiquiatras, para a reposição dos que foram desligados, o que vem gerando sobrecarga.
Este problema provoca, inclusive, indisponibilidade de agenda para retorno dos pacientes no tempo devido. É imprescindível a manutenção do tratamento, inclusive com a disponibilidade de medicamentos, entre os quais os de alto custo. Vale lembrar que a interrupção do tratamento medicamentoso é a principal causa de crises e internações psiquiátricas.
Ana Rita de Luna também constatou precariedade nas instalações do ambulatório, desprovido do mobiliário mínimo necessário e de um sistema adequado de refrigeração. Os atuais aparelhos de ar-condicionado são velhos e geram barulho intenso, dificultando a adequada consulta do médico a pacientes e familiares.
Atraso salarial
Outra questão que precisa ser resolvida é o frequente atraso salarial dos médicos terceirizados, contratados pela Fundação José Silveira, além da ausência do pagamento de férias. Somada a isso está a insuficiência do número de leitos de observação e de internamento no setor de emergência, o que piora a demanda reprimida da Central de Regulação.
Além do número insuficiente de leitos, falta estrutura de laboratório de análise 24 horas e de médicos clínicos, para interagir interdisciplinarmente. Isto ajuda na melhor condução de outras comorbidades além das doenças psiquiátricas. Evidentemente, a ausência de uma equipe multiprofissional completa compromete o atendimento aos pacientes.
O Sindimed cobra ao governador Rui Costa a devida sensibilidade e responsabilidade no trato destas e de outras questões importantes ao bem-estar do público atendido pela rede de saúde bem como ao exercício digno da medicina no estado da Bahia. O Hospital Especializado Mário Leal é fundamental no tratamento da saúde mental, sobretudo para famílias mais vulneráveis economicamente, e precisa funcionar de forma mais eficiente.
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