O setor jurídico do Sindimed obteve êxito no acordo que impedirá que médicos recebam mais um calote
Acordo assinado pôs fim a um impasse que já tinha quase um ano
Quase um ano se passou e só agora os médicos poderão finalmente receber os pagamentos do mutirão de cirurgia, realizado entre os meses de novembro e dezembro de 2016, na cidade de Itabuna. Nesta quinta-feira (21), em mais uma visita do presidente Francisco Magalhães à cidade para resolver o caso, a gestão da Maternidade Esther Gomes – mais conhecida como Mãe Pobre – aceitou os termos do acordo proposto pela advogada do Sindimed, Cláudia Bezerra. O acordo com as partes será protocolado em breve na justiça.
Após extensa negociação, ficou acertado que a advogada irá formatar uma minuta com os termos do acordo que foi firmado, o qual preconiza que os pagamentos dos médicos devem ser liberados já nas próximas semanas. O valor em questão foi repassado da Sesab para a Santa Casa, que embora se abstenha de responsabilidade no caso, se comprometeu a fazer a intermediação dos respectivos pagamentos.
Além do Sindimed, na reunião esteve presente representantes da Santa Casa de Itabuna, da Maternidade Esther Gomes e dos médicos. Até segunda-feira, a minuta será enviada e a audiência de finalização do acordo será agendada na Justiça do Trabalho da cidade.
Médicos precisam autorizar negociação
O Sindimed alerta que os médicos representados na ação coletiva que não puderem comparecer à audiência precisarão encaminhar documento autorizando o setor jurídico do sindicato a aceitar os termos do acordo perante o juiz responsável.
Entenda o caso
Ano passado, entre os meses de novembro e dezembro, o governo do estado autorizou um mutirão de cirurgias na cidade de Itabuna. Na ocasião, pelo menos 255 cirurgias (histerectomia e de hérnia) foram feitas, como apontam cópias do livro de registro do centro cirúrgico enviadas ao Sindimed, porém os valores acertados pelas cirurgias não foram repassados aos médicos. A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia diz ter repassado o dinheiro à Santa Casa de Itabuna, que terceirizou a administração dos serviços à Maternidade Esther Gomes, que é gerida pelo Instituto Fernando Gomes. Segundo a Santa Casa, o antigo diretor da maternidade, Almir Gonçalves, não prosseguiu com os pagamentos, conforme foi acordado.
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