Sindimed visita Hospital Menandro de Faria e encontra irregularidades

Postada em 31 de agosto de 2017 as 20:05
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No que deveria ser o chamado “conforto médico” um amontoado de colchões e a disputa pelo espaço mínimo chamam atenção

Falta de profissionais, atraso salarial, condições de trabalho e de atendimento precárias são o resultado da falta de investimento da gestão do Hospital Geral Menandro de Faria, em Lauro de Freitas. O presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, em visita ao local, na manhã desta quinta-feira (31), pôde constatar o completo abandono a que são submetidos usuários do serviço e funcionários que lutam para manter o atendimento em um dos maiores hospitais do município.

Entre as diversas queixas dos médicos, que terão suas identidades preservadas pela nossa equipe de reportagem, nós destacamos algumas que ilustram os problemas enfrentados no hospital. “Estamos desde março sem receber salário”, afirmou um médico. Do outro lado, outro questiona: é um caos total, como uma unidade dessas pode estar de portas abertas sem um anestesista? E o outro finaliza: alegaram que tirei férias que nunca soube que tinha tirado e estou agora sem poder receber salário. A falta de profissional de obstetrícia também foi mais um problema citado.

Sobre as férias, os médicos relataram que cinco profissionais não receberam os salários e quando foram averiguar o motivo, a administração alegou que os mesmos estavam de férias compulsórias. O curioso é que nenhum profissional foi informado sobre isso. Atualmente a Rede Saúde que terceiriza a mão de obra do hospital, aplica uma taxa administrativa de 33%, nos cooperativados, o que foi   considerado abusivo pelos médicos. Já no vinculo PJ, o desconto é de 18%.  “Você entra na cooperativa acreditando ser a melhor opção, mas não é essa a realidade”, constatou um dos profissionais.  

A enxurrada de problemas é o retrato mais fidedigno das mazelas causadas pelos vínculos precários de trabalho. Na unidade é possível encontrar médicos com vínculo PJ, cooperativados e sesabeanos. Nessa salada de vínculos, a administração não formaliza um contrato no qual os médicos possam ter o mínimo de segurança para exercer a sua atividade de forma digna.

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O suposto conforto médico. Retrato do descaso. 

A população, como sempre, também é prejudicada pelo descaso, tendo em vista que a falta de profissionais e estratégias adequadas de atendimento, são visíveis na lotação do hospital que tem pacientes amontoados nos seus corredores. As parturientes convivem com a incerteza do acompanhamento de um obstetra, além da já citada falta recorrente de anestesista.

Médicos solicitaram reunião no Sindimed para tratar o caso

O presidente do Sindimed se colocou à disposição dos profissionais para fazer uma mobilização em torno da resolução do caso e deixou claro que será imprescindível a união dos profissionais. Ficou acertado que nos próximos dias será realizada uma reunião na sede do Sindicato com todos os profissionais que se sentem prejudicados com a situação. O Sindimed encaminhará a denúncia à Sesab, CREMEB, Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Publico Estadual (MPE), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

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