Nesta quinta-feira (06), foi realizada reunião na Promotoria Regional de Vitória da Conquista com o objetivo de apurar denúncia feita ao diretor regional do Sindimed, Luiz Carlos Dantas. A denúncia, que foi feita por uma médica da UPA III da cidade, foi encaminhada pelo sindicato ao Ministério Público Estadual (MPE). O fato de a médica ter solicitado anonimato chamou a atenção do MPE e preocupou a promotoria sobre o tipo de relação de trabalho que está sendo praticada na unidade.
Participaram da reunião o diretor regional do Sindimed Dr. Luiz Carlos Dantas, a promotora de justiça Guiomar Miranda de Oliveira, a advogada, Daiana Ferreira, o preposto do IBDAH, gestora da unidade, Benedito José Saldanha, além da secretária do Sindimed, Luciana Santiago Lemos.
Como resultado da reunião ficou acordado, que no prazo de 30 dias, o Sindimed e Cremeb realizem fiscalização na unidade a fim de apurar as denúncias e também como tem funcionado o trabalho dos médicos no local. Interessa ao MPE saber se estes profissionais estão trabalhando em clima de insegurança e se estão sendo coagidos a omitirem a situação da UPA. Após o recebimento dos relatórios, que serão gerados pelo Sindimed e Cremeb, será agendada reunião para avaliação dos mesmos e o MPE decidirá sobre as medidas cabíveis.
O diretor regional do Sindimed, Luiz Carlos Dantas, chamou a atenção para a gravidade das denúncias e para o fato de que o pedido de anonimato foi reiterado diversas vezes pela profissional, demonstrando o clima de medo que é vivido na UPA. “O que mais preocupou o MPE foi a forma como a denúncia chegou. Essa apuração dos fatos, a fim de entender as reais condições de trabalho no local, é de vital importância para a segurança dos médicos e da população”, declarou.
Na tentativa de desviar o foco da reunião, o preposto da IBDAH, Benedito José, alegou que os problemas denunciados não são uma realidade vivida apenas na UPA e que os problemas também são recorrentes em hospitais e outras unidades de saúde da região. Entretanto, para os presentes, a declaração do preposto só reforçou que há, de fato, um problema na UPA e que precisa ser apurado.
Denúncia
A profissional, que não quis se identificar, chamou de “escravidão médica” as precárias condições de trabalho, a alta demanda de pacientes, inclusive casos graves, para um número reduzido de médicos. Houve também reclamação sobre falta de equipamentos, falta de vagas na UTI, indenização pelos serviços prestados com até três meses de atraso, caos generalizado vivido na UPA, entre outras queixas.
Alem da incessante atividade de salvar vidas e curar , que por si já sao extremamente estressantes os medicos e medicas serem submetidos a pressões e assedio moral é uma situação intolerável. Votos de louvor a colega denunciante e ao representate do Sindimed.
Um caos…