O relatório das visitas à 11 unidades públicas de obstetrícia de Salvador e Lauro de Freitas produzido pela Associação de Ginecologia e Obstetrícia da Bahia (Sogiba), foi apresentado na manhã desta quinta-feira (25) para a imprensa, durante coletiva convocada em conjunto com o Sindimed, realizada na sede do sindicato. O mesmo relatório já foi entregue oficialmente ao secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas no fim do ano passado, e até agora as entidades aguardam um posicionamento do gestor.
Os presidentes da Sogiba e Sindimed, Carlos Lino e Francisco Magalhães detalharam aos jornalistas presentes o conteúdo do relatório, divulgando números alarmantes, e fotografias de parturientes sentadas em cadeiras normais, ou em cadeiras de roda, aguardando leitos vagos, corredores lotados, cadeira exclusiva para o acompanhante sendo ocupada por parturiente, entre outros absurdos que podem ser vistos diariamente nas maternidades públicas.
A realidade das maternidades privadas também foi abordada durante a coletiva. De acordo com Magalhães, esta não é muito diferente das públicas, já que as unidades privadas vivem lotadas para dar conta dos partos que não conseguiram ser feitos nas unidades do Sus. Para o presidente do Sindimed, este quadro é unicamente fruto da falta de gestão e corrupção na saúde. Carlos Lino completou, informando que recentemente sete maternidades privadas foram fechadas em Salvador, o que só faz agravar a assistência obstétrica no Estado.
O relatório, com o resultado das visitas, e sugestões de melhorias para a assistência obstétrica pública na Bahia se tornou público e pode ser acessado no site da Sogiba, clicando aqui.
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