Texto e fotos: Secom TRT5-BA
O Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT5-BA) não concedeu novo prazo para apresentação de proposta formal de compra do Hospital Espanhol (Real Sociedade Espanhola de Beneficência) pelo Grupo Promédica. A informação foi dada na última sexta-feira (15/04) pelo conciliador do Juízo de Conciliação de 2ª Instância (JC2), desembargador Jéferson Muricy, em audiência com dirigentes e ex-empregados do Espanhol. A proposta, que vinha sendo aguardada desde janeiro, definiria o futuro dos cerca de 2.300 trabalhadores com processos contra o hospital, mediante acordo global chancelado pela Justiça. Agora, o TRT buscará alternativas que possam satisfazer os créditos dos trabalhadores por meio de expropriação forçada do patrimônio do Hospital.
Na audiência, Márcio Martins de Cerqueira Pinheiro, representante da Consultoria Price Waterhouse (PwC) – empresa que acompanha as negociações com a Promédica – reafirmou que grupo econômico continua interessado na aquisição do estabelecimento, mas que precisaria de ''algumas semanas a mais'' para apresentação da proposta de compra e quitação das dívidas, sem definir o prazo preciso. Até março/2016, só de passivo trabalhista eram R$ 113,8 milhões em 1.660 processos com acordos calculados, segundo levantamento apresentado pelo juiz do JC2 Júlio Massa. Como outros 660 processos ainda deverão ser reunidos na planilha, o montante da dívida elevará ainda mais.
Segundo o juiz Júlio Massa, a partir de agora o JC2 e a Coordenadoria de Execução e Expropriação do TRT (CEE) darão prosseguimento aos atos de venda judicial dos bens do Espanhol, com o objetivo de levantar o numerário destinado ao pagamento dos trabalhadores. ''Vale registrar que há muitos processos que têm dinheiro, depósitos à disposição da Justiça, e que tais valores poderão ser utilizados para isso'', acrescentou o magistrado, ressaltando que caberá aos advogados dos trabalhadores fazer essa triagem.
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