Em menos de uma semana, a restrição de atendimentos nas UPAs municipais de Salvador, iniciada pelos médicos no dia 11 de novembro, obteve resultado expressivo, revertendo a situação de irregularidade em todas as unidades onde os salários acumulavam atrasos, chegando, em alguns casos, a até três meses. Esses atrasos sistemáticos vinham ocorrendo, é bom que se diga, de maneira recorrente, desde janeiro.
Mantendo-se em assembleia permanente, os médicos voltaram a se reunir na noite de ontem (20), no Sindimed, quando decidiram por manter a mobilização, uma vez que nenhuma das empresas que terceirizam a gestão, até o momento, apresentou um planejamento formal que garanta a regularização dos pagamentos daqui para frente. Agora mesmo, já passando da metade de novembro, os médicos já se preocupam com o recebimento do mês de outubro.
A organização e a presença do Sindimed nas UPAs, fazendo publicamente a cobrança dos gestores, foi fundamental para que em menos de uma semana fossem buscados os meios para sanar a inadimplência com os médicos. E o Sindicato continua atento, monitorando os pagamentos e identificando as pendências.
Revisão de contratos
Outro ponto tratado na assembleia foi a diversidade de contratos praticados pelas empresas gestoras. O Sindimed entende que é preciso homogeneizar parâmetros de contratação que sejam efetivamente discutidos pelos profissionais e não a modalidade de adesão praticada atualmente.
O Sindicato vai buscar uma interlocução com a Secretaria de Saúde de Salvador, para abordar essa disparidade de contratos, que não se justifica, especialmente diante da natureza de uniformidade do trabalho médico desenvolvido nas UPAs.
A restrição de atendimentos atingiu as seguintes UPAs: 16º Centro, Itapuã, Pernambués, Pirajá, San Martin, São Cristóvão, São Marcos e Tancredo Neves. Vale lembrar que durante o movimento, sempre foram mantidos os atendimentos emergenciais (fichas amarelas e vermelhas).
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