O Hospital Geral de Itaparica pode ter os atendimentos suspensos a partir da próxima quinta-feira, 19 de outubro, caso a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) não tome uma providência com relação às condições de trabalho na unidade. Segundo os médicos, faltam insumos, medicamentos básicos e as instalações precisam de manutenção urgentemente.
Além das dificuldades para atender os pacientes, os médicos se queixam também do atraso salarial constante. Desde junho, o Instituto Fernando Filgueiras – que responde pela gestão terceirizada do hospital -, não paga os profissionais.
Essa situação já devia ter sido regularizada há muito tempo. Há mais de um ano, por iniciativa dos Ministério Público do Trabalho os médicos obtiveram uma liminar mandando a empresa terceirizada assinar a carteira profissional e eliminar completamente os contratos fraudulentos de Pessoa Jurídica que o Instituto Filgueiras mantém com os profissionais.
A determinação da Justiça, agora já com ganho da ação em primeira instância, até hoje não foi cumprida, penalizando os profissionais e a população no Hospital de Itaparica.
Diante desses fatos, o Sindimed enviou ofício à Sesab, ao próprio Instituto Fernando Filgueiras, cobrando o cumprimento do que foi determinado pela Justiça. Também comunicou os problemas à Prefeitura de Itaparica e aos ministérios públicos do Estado e do Trabalho.
Se não forem tomadas providências de regularização das condições de trabalho, os médicos avisam que, em 72 horas, só serão atendidos os casos que envolvam risco de morte, isto é, somente os pacientes com classificação em fichas vermelhas.
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