Insegurança contratual e salários atrasados foram determinantes para a decisão unânime
Em assembleia realizada no Sindimed, nesta quinta-feira (4), os médicos de Alagoinhas deram inicio a um estado de greve que deve seguir até o dia 11 de abril – um dia após a data estipulada como prazo final para que os credores paguem o que devem aos profissionais. Caso os salários não sejam pagos até 10 de abril, os médicos pretendem deflagrar greve em todo o município.
A presidente do Sindimed, Dra. Ana Rita de Luna, juntamente com a representação jurídica do Sindimed, ouviu os problemas que os médicos enfrentam na cidade. A principal queixa tem a ver com insegurança dos contratos e a troca constante de empresa gestora que presta serviço à prefeitura. Os médicos relataram que só de agosto de 2018 até agora já foram três empresas contratadas para gerir os contratos.
Essa “dança das cadeiras” faz com que a inadimplência dos contratantes seja recorrente. A Rede Saúde deixou os médicos com prejuízo de um mês de salário e a Associação de Proteção à Maternidade e à Infância (APMI), até o momento, não pagou o mês de janeiro deste ano. Por outro lado, a mais recente empresa à frente dos trabalhos é a ASM, que ainda não apresentou nem firmou nenhum contrato de trabalho com os profissionais.
Como medidas imediatas, o Sindimed irá notificar, através de oficio, o prefeito de Alagoinhas, Joaquim Neto, bem como as empresas supracitadas. Outro encaminhamento foi a solicitação de uma audiência com a secretária de saúde do município, Rosania Rabelo. Entre os serviços de saúde nos quais trabalham médicos com vínculos precários estão CAPS, PSF, Policlínica e SAMU.
Na ocasião os advogados do Sindimed também orientaram os médicos acerca dos contratos precários e sobre as armadilhas das falsas cooperativas.
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