MÉDICOS MANTÊM GREVE EM CAMAÇARI E PROGRAMAM ASSEMBLEIA PARA SEGUNDA-FEIRA (23)
Postada em 19 de maio de 2016 as 22:13
Após um encontro no qual o secretário de Saúde de Camaçari, Washington Couto, não sinalizou melhorias efetivas nas condições salariais e de trabalho, os médicos decidiram prosseguir em greve. Uma assembleia de avaliação do movimento está marcada para segunda-feira (23/05), às 19h, no Sindimed. Assim como o prefeito Ademar Delgado, seu secretário não se mostrou sensível ao pleitos dos médicos, que têm entre suas principais preocupações a falta de segurança nas unidades de saúde.
Reunião no Sindimed agendou uma feira de saúde e visita às unidades de atendimento
A categoria ainda lembra com bastante medo o recente caso de violência, ocorrido na UPA de Abrantes, quando um homem armado tentou contra a vida de um médico de plantão. A vítima teve que se esconder na unidade até obter condições de fugir e, posteriormente, registrar um boletim de ocorrência na delegacia de Vila de Abrantes. O caso está sob investigação e, segundo a polícia, o homem que invadiu a UPA já foi identificado.
ATIVIDADES
Em assembleia realizada nesta quinta-feira (19) no Sindimed, os participantes decidiram não só se reunir no pátio em frente à prefeitura durante a audiência com o secretário, mas também formar comissões que na segunda e terça-feira visitarão as unidades médicas. Ficou estabelecido também promover uma feira de saúde na quarta-feira (25) em frente à prefeitura, a partir das 9h, para atender à população que necessita renovar receita para medicamentos de uso contínuo e medição da pressão arterial.
Segundo o comando de greve, é necessário o contato estreito com a população não apenas para atender às necessidades mais imediatas, mas também para conscientizá-la dos graves problemas enfrentados pelas equipes de saúde diante da precariedade das unidades de Camaçari. Aliás, uma precariedade incompatível com o gigantesco volume de arrecadação deste município da Região Metropolitana de Salvador.
DETERMINAÇÃO
A diretora do Sindimed, Denise Andrade, pontua que os profissionais estão unidos e dispostos a fortalecer a greve, que envolve cerca de 150 médicos. Assinalou que o Hospital Dia está parado e assim deve parmanecer enquanto os gestores de Camaçari não tomarem medidas efetivas para resguardar a integridade físicas das equipes de saúde.
Estima-se que mais de 100 médicos trabalhem nos PSFs e UBs e cerca de 40 atuem no Hospital-Dia. Logo no início do movimento, a pauta de reivindicações foi encaminhada ao prefeito, secretário municipal de Saúde, Cremeb, Sesab, Ministério Público da Bahia, Ministério Público do Trabalho, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego e até mesmo ao arcebispo primaz do Brasil, dom Murilo Krieger.
Vale lembrar que as recorrentes agressões verbais e físicas têm como principal motivo a insatisfação do usuário com as precárias condições de funcionamento do serviço. Aliás, o sindicato cobra com frequência aos gestores das unidades em geral condições dignas de segurança, instalações, medicamentos e equipamentos.
Leia abaixo as reivindicações da categoria
1 – Segurança efetiva no ambiente de trabalho.
2 – Funcionamento pleno do Hospital-Dia, com a realização de pequenas cirurgias e exames complementares.
3 – Implantação de estrutura de atendimento de primeiros-socorros no Hospital-Dia.
4 – Capacitação em atendimento de urgência/emergência.
5 – Ampliação da cobertura do PSF, com a instalação de novas equipes.
6 – Convocação dos profissionais de saúde das demais categorias aprovadas no concurso em vigor para recompor e compor equipes de PSF.
7 – Concurso público para médicos.
8 – Provimento, em caráter de urgência, de medicamentos, materiais e equipamentos, inclusive na área de primeiros-socorros.
9 – Reposição salarial das perdas inflacionárias.
10 – Incorporação da gratificação de produtividade aos salários.
11 – Revisão do Plano de Cargos e Salários.
12 -Reabertura da UPA de Gleba
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