Diante da intenção de suspender parcialmente o serviço de anestesia na Maternidade Prof. José Maria de Magalhães Neto, manifestada em ofício dos anestesiologistas daquela unidade hospitalar da Sesab, datado de 4 de julho, que chegou ao conhecimento do Sindicato nesta segunda-feira, dia 11, o Sindimed orientou os profissionais sobre o rito processual a ser cumprido antes da definição da paralisação.
Já nesta terça-feira, dia 12, o Sindicato publica edital convocando assembleia para a próxima quinta-feira, dia 14, às 17h30, que será realizada online. Na pauta, além das reivindicações, estarão sendo discutidas as suspensões dos procedimentos eletivos de analgesia de parto e cirurgias neonatais.
Segundo relatos dos profissionais a maternidade registra, atualmente, um aumento exponencial na complexidade do serviço, bem como na quantidade dos atendimentos, ocasionando uma condição que extrapola o número de procedimentos simultâneos em relação ao número de profissionais disponíveis.
Diante dessa situação, os médicos reivindicam a contratação do terceiro anestesiologista para o turno diurno. Outro ponto levantado é a falta de reajuste dos plantões, desde 2018. Nesse sentido, reclamam a correção dos valores dos plantões de 12 horas semanais e de finais de semana, com base no IPC-FIPE ou IPCA, retroativo aos últimos quatro anos.
Os anestesiologistas assinalam, ainda, que sempre estiveram dispostos a negociar com a gestão da maternidade e com a Sesab as questões relativas às condições de trabalho e a defasagem na remuneração, sem, no entanto, encontrarem reciprocidade nessa disposição.
Mesmo que a assembleia aponte para a paralisação, desde já, os anestesiologistas informam que as cirurgias de urgência, sejam de obstetrícia ou neonatologia não sofrerão restrições e estarão asseguradas dentro das normas de segurança e do compromisso ético-profissional.
O Sindimed-BA manifesta, de antemão, seu apoio às justas reivindicações dos médicos anestesiologistas que atuam na Maternidade Prof. José Maria de Magalhães Neto.
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