DEMISSÃO EM MASSA IMPACTA PA DE SÃO MARCOS

Postada em 19 de setembro de 2016 as 20:40
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A palavra do secretário de Saúde de Salvador não é mantida nem mesmo quando está escrita. Isso se evidencia, mais uma vez, agora no Pronto Atendimento (PA) de São Marcos, onde a maioria dos médicos acaba de perder o posto de trabalho, apesar de o site da Prefeitura registrar que "Os profissionais foram mantidos, treinados e preparados para atender a população da localidade e adjacências" (clique AQUI e leia).
 
A unidade permaneceu fechada no mês de agosto, durante o processo de mudança da empresa terceirizada que administra o PA. O contrato da Prefeitura com a Monte Tabor (Hospital São Rafael) se encerrou no último mês de julho e, no último dia 9, quando o PA foi reaberto, uma nova equipe médica assumiu, sem nenhum tipo de comunicado aos profissionais que lá atuavam, muitos com mais de cinco anos dedicação. Um desrespeito total.
 
Precarização do atendimento
 
Além da demissão em massa, feita sem respeitar os princípios éticos e trabalhistas, houve também redução da equipe médica. Antes eram dois clínicos, dois pediatras, um cirurgião, um pediatra diarista e um clinico diarista por plantão, sendo que os pediatras e cirurgiões tinham especialização. Com a mudança de gestão passou para quatro médicos generalistas, sem diaristas.
 
A retirada do médico cirurgião da equipe, por si só uma medida condenável e temerária, ganha contornos de irresponsabilidade por se tratar de uma região com alto índice de violência, onde historicamente é grande o número de atendimentos de traumas. 
 
O Sindimed acionou o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério Público Estadual (MPE) e a Secretaria Municipal de Saúde, para que as demissões sejam reconsideradas e a equipe normalizada.
 
Prejuízos da terceirização
 
Mais um exemplo aí está, de como os médicos ficam expostos aos desmandos dos gestores e à exploração das empresas intermediárias, cujo principal objetivo não é a saúde da população, mas o lucro com sua mercantilização. De nada adianta a “maquiagem” feita nas instalações, apenas para exibir obras e obter vantagens eleitorais, se os médicos são demitidos e a população perde a qualidade do atendimento.
 
Este fato ocorrido no posto de São Marcos reforça a necessidade dos profissionais lutarem por contratos que obedeçam ao que determina a legislação brasileira: vínculo CLT para o setor privado, e concurso, para o setor público, modalidades legais que garantem os direitos mínimos de todo trabalhador. Do contrário, prevalece a insegurança que é própria da terceirização.

 

 



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