Dica Cultural: Comidas de Portugal, Quênia e Ilha de Maré, minha senhora!

Postada em 17 de fevereiro de 2017 as 09:55
Compartilhe:


 

Poucas coisas no mundo são tão culturais no sentido identitário como a culinária: do efó a kafta, para ficar só numa linha longa e não tênue.

Poucas coisas são tão nocivas à cultura como a brutalidade da repressão pura e simples. Esta semana, estamos irmanados, colegas meus e dos senhores e senhoras médic@s, no Quênia. Lá, médicos chegaram a ser condenados à prisão (sic) por fazer greve (confiram, aqui) esta semana, assim como um colega da minha outra área, um chargista, Gabo, tem sido insistentemente assediado, apesar de algum apoio de outros artistas, especialmente, na Europa.

14934313378_c15b50417d_b

Assim, trago a vocês, uma das pontes mais fáceis entre a cultura alimentar do Quênia e sua mesa: o dengo, ou seja o modo deles fazerem lentilha:

1 1/2 xícara de lentilhas

2 xícara de água

1 tablete de caldo de carne

1 cebola

3 dentes de alho

deixe de molho as lentilhas pelo menos por algumas horas. Descarte a água.

Coloque para cozinhar, na panela de pressão, a lentilha, a água e o caldo de carne. Deixe cozinhar em fogo baixo, por 10 minutos depois que começar a apitar.

Enquanto você cozinha, pique a cebola e o alho. em uma outra panela, aqueça óleo, refogue a cebola e o alho, e reserve.

Assim que as lentilhas terminarem de cozinhar, abra a panela e veja se está boa de caldo, se estiver muito aguada cozinhe um pouco mais. Misture a lentilha com a cebola e o alho refogado e sirva, quente ou fria.

Muito, muito mais, em inglês, aqui .

Do dengo ao rango

Meu rango no Carnaval de Salvador: sugiro a vocês, em grupos de 3, passarem no Restaurante Suan Loun, à rua Airosa Galvão, saindo da Barra pela orla ou ainda melhor pela Centenário. Passei lá ontem, e achei que aquelas gigantescas refeições à base de arroz para 3 pessoas estão de bom preço. Nosso atendente me disse que vai ser só na porta a venda, ok?

A melhor farofagem (da boa) na região é comprar frango assado no Poleirão (comecinho da Centenário) e complementar com pão francês da Perini ali de perto. Não se constranja: 70% dos funcionários da loja ‘cara’ são meus amigos, e ali tem algo que muita gente nem sabe: os refrigerantes gelados mais baratos da região (mesmo fora do Carnaval).

Em tempos de menos farinhas e / ou pirões, qualquer comidinha (digna) nova serve como algo  referenciável. Eu adentrei ontem à noite uma loja da Cacau Show atrás de um anúncio de preço baixo. Saí de lá devorando o novo MonteBello com sabor mousse de chocolate. Para ‘fazer presença’  está de ótimo tamanho.

Na mesma linha, nunca pensei em indicar algum sorvete (ou frozen) da marca Yoggi, mas se eu não fizesse seria, cabotino de minha parte. Provei uma coisa muito, muito diferenciada e que se revelou muito boa: cobertura de abóbora! Tente, invente, monte um sorvete diferente…

1ca2e7dc

De Portugal: vi e fui pesquisar, antes de comprar, massa de pimentão, da marca Maçarico. Digamos que seja muito, muito cultural, embora quase nada difundida no Brasil: a massa é originária da região do Algarve, sendo muito utilizada em todo o sul de Portugal, principalmente na preparação de porco e de peixe (assados) e muitos outros pratos da cozinha tradicional portuguesa. O resultado do teste, em breve! Mas você pode tomar espaço na sua cozinha e ir pilotando, especialmente se tem sangue português nas veias…

Gente que faz.

fotosite

Aqui nas colinas (minhas) vizinhas de Armação/Jardim de Allah, temos um casal começando a ganhar espaços com sua marca Chorando com Cebola. Se você gosta de molhos agridoces, e de incentivar baianos aguerridos, a hora é essa. O meu, de estreia, que comprei numa loja de sérbios em Vilas do Atlantico, é de cebolinhas. Nem te conto…

10858546_573303419466468_500682447904391261_n

Quem conhece bem os ‘interiores’ da nossa terra é a turma do Bahia Rural (alô, Valber Carvalho, cadê seu livro novo ??). Olhem o esforço da equipe em nos mostrar como é colher mariscos na Rota da Liberdade, e entre seus quilombos. Em pleno 2017, apesar de tanta afirmação (e trabalhos dignos como estes de nossos colegas), marisqueiros da Ilha de Maré são instados a ter que sair de seu ofício para – ocupando instalações da CODEBA [de novo!], esta semana  – garantir a manutenção desse modo baianíssmo de nos alimentar (conhecemos o quadro, não é ?).

Para quem acha que o tio Gugl é repositário da humanidade, um alerta (com direito a boa dica): esta semana eu fui de novo ao restaurante Caju, na Pituba, e encarei uma pancetta maravilhosa. Fiquei de dizer ao novo chef – um belga – o que é ‘cajuzinho amigo’ para sugerir que fosse servido como aperitivo (o sorvete de caju lá deles é divino). Como vocês também podem comprovar, esta máquina de acabar diferenças nacionais ‘não registra’ nada sobre a deliciosa beberragem que os não tão coroas, como eu, todos conhecemos muito bem…

Texto e pesquisa de Marko Ajdaric.
http://www.facebook.com/marko.ajdaric.79

Material exclusivo do Sindicato dos Médicos da Bahia. Não se autorizam cópias, no todo ou em parte.



3 respostas para “Dica Cultural: Comidas de Portugal, Quênia e Ilha de Maré, minha senhora!”

  1. Aurea Martins disse:

    Gostei muito do site, parabens!

  2. Amei o site, estão de parabens!

  3. Gostei muito do artigo!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Seguro Saúde

Vacinação

Perdeu seu posto de trabalho?

COVID-19 EPIs

Denuncie quem não paga:




Acompanhe o Sindimed:

    


  • sindimed.com.br ©2019 Todos os direitos reservados.