DICA CULTURAL: DIA DO JORNALEIRO E 130 ANOS DE SIMÕES FILHO

Postada em 30 de setembro de 2016 as 09:33
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Hoje, 30 de setembro, se comemora o Dia do Jornaleiro. Quase nada são flores, nesta edição de 2016. Ainda este mês, na cobertura de um festival de quadrinhos em Curitiba, um profissional da área que muito sabe onde as cobras dormem disparou:
 
'A DINAP [Distribuidora Nacional de Publicações – que nem mais site no ar tem] está em crise", apontou o editor da Mauricio de Sousa Produções, Sidney Gusman. "E também não existe um plano B no Brasil. Se ela quebrar, não temos alternativa, no outro dia não tem distribuição de revistas'. Ainda esta semana, nós atestamos com o Sidney a veracidade desta colocação.
 
Na Bahia, que já teve várias publicações independentes, de arte e/ou alternativas, o quadro não é de crise; é de morte. Não se vê nada.
 
Por falar em quadrinhos, que é uma área na qual eu mergulho, faz tempo, a situação não é nada animadora se o âmbito é banca. Todas as boas produções – brasileiras ou não – migraram para as livrarias, o que para a renovação de público não é nada bom. Mal e mal, eu vejo, em ambientes mais populares, a maior loja de departamentos do Brasil vendendo pacotinhos de gibis como Recruta Zero, a preços populares. 
 

 
Entre as revistas novas (vamos falar de outra, pra semana), recomendo a todos que tentem conhecer a Vida Simples, que cobre uma temática nova com leve e envolvente consistência. 
 
Almoçando no restaurante Caju, no bairro da Pituba, esta semana (minha nota é nota 9), fui fuçar em alguns exemplares da coleção Claudia de culinária, entre outros livros do tema que eles disponiblizam. Me dediquei, desta vez, ao volume sobre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Um primor de tratamento, das fotos aos textos das receitas que mantêm um padrão. Eu já tinha lido/devorado outros 2 volumes, deste rebrote da Claudia que aqui e ali sai em bancas por preços muito, muito bons, especialmente para empilhar e guardar para dar de presentes a aniversariantes que a gente lembra de última hora. Sempre vale lembrar que a coluna 'A arte de ser mulher', assinada por Carmem da Silva, a partir de 1963, faz da revista um marco inteligente na incorporação de novos valores na sociedade brasileira. 
 
Também não é banca, mas foi a minha surpresa da semana, em ambientes de Salvador, a sorveteria Mondo, no Largo do Rio Vermelho (nota 10). Ali, além de sorevetes deliciosos, fartos, diferenciados e bem-preparados, você pode e deve curtir vários livros de arte e registros do Brasil do selo da Folha de São Paulo. Uma boa ideia depois é encomendar ao jornaleiro do seu bairro uma (ou mais) dessas boas publicações, para você ou para os amigos. 
 

 
No 'nosso' caso, em Ondina, muito perto da sede do SINDIMED-BA (e ainda mais da ABM), o Marcos, um coroa que conheço de décadas, merece uma visita de todos, por manter coisas bem enriquecedoras. O que inclui livros de Oleone Coelho Fontes (que vira, mexe passa por lá) e/ou DVDs de arte. A minha última compra de DVD lá foi um filme de Mazaroppi.
 

 
Por falar em coroas, se você quer fazer as pessoas mais jovens conhecerem uma publicação que 'fazia cabeças' da família brasileira há nem tanto tempo, sugiro as piadas de Seleções do Reader's Digest. Assim como as bancas de jornal, o humor de boa cepa está muito desvalorizado. Este livrão aí, em capa dura, eu comprei, feliz da vida, por 20 reais. Mas há cópias ainda mais baratas em sebos virtuais. Vale a pena.
 
Não esquecendo que esta semana, no dia 4, completam-se 130 anos do nascimento de Ernesto Simões Filho, o homem que confiou em seu jornal satírico Papão que ele vendia de porta em porta por 8 (oito) anos antes de se decidir por fundar o jornal A Tarde. Com certeza, ninguém deu tanto impulso à criação de pontos de vendas de impressos na Bahia como ele. Em 2013, eu homenageei O Papão, neste evento, na UFBA, que Victor Pinto, que depois enriqueceu a equipe de imprensa do CREMEB, cobriu assim
A forma que inventei foi montar em A3 num papel couché todas as páginas do curto e delicioso livro de Claudio Veiga: 'Um retrato da Bahia em 1904: O Papão'. Há 30 anos, eu comprava a preço de picolé para dar de presente, exatamente no prédio da primeira faculdade do Brasil, a de Medicina, do Terreiro. Hoje, garanto a vocês: qualquer esforço para conseguir uma cópia vale, para que qualquer pessoa de bem conheça a página mais vibrante de um sonho jornalístico da Bahia, quiçá do Nordeste. 
 
Comemorando com vocês 1
 
Demorou, mas chegou, às 20 horas de ontem, a autorização de uma coordenadora editorial da revista Brasileiros para que eu imprima na forma do 'meu Papão', ou seja, o informativo Mano a Mano, um texto maravilhoso sobre os descaminhos atuais da cultura.  
Este número terá distribuição no renovado e retomado Projeto Fim de Tarde, do SINDIMED e em outros eventos de gente de fino trato. Não contem para todo mundo, mas foi exatamente um número da Brasileiros, a mais de 3 anos, que me deu a ideia de sugerir a criação da dica cultural semanal, E ela continua, nas bancas, enriquecendo as mentes de quem quiser.
 
Comemorando com vocês 2
 

 
Preparando esta pauta para vocês, achei algo que tem tudo a ver com a imagem acima, de uma coleção que eu encontrava encantado em criança nas… Bancas de jornal, claro. Diz a lenda que o que eu encontrei não só será um grande presente para mim mesmo como será um grande aporte para a atividade que vamos realizar dia 28 de outubro na sede do Sinidimed.
 
Texto e pesquisa de Marko Ajdaric.
http://www.facebook.com/marko.ajdaric.79

Material exclusivo do Sindicato dos Médicos da Bahia. Não se autorizam cópias, no todo ou em parte.



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