São cada vez mais graves as ações perpetradas pela gestão da UPA Mãe Hilda, no Curuzu. Além das denúncias de assédio moral contra médicos e demais trabalhadores da saúde, que estão sendo pressionados a abdicar dos direitos trabalhistas, saindo do regime CLT para serem recontratados como pessoas jurídicas , a gestora da UPA quer impedir também que os sindicatos atuem em defesa dos trabalhadores, indo de encontro à lei que garante essa atuação.
No dia 14 de Setembro de 2020, durante ato de protesto em frente a UPA, promovida por três entidades sindicais da área de saúde – Sindimed, Sindsaúde e Sintefem -, a direção da unidade colocou o serviço de segurança para expulsar os dirigentes sindicais da área externa da UPA, numa atitude truculenta, antidemocrática e antissindical.
O Sindimed repudia, veementemente, esse cerceamento à liberdade de expressão, denunciando o agravante de ser protagonizado por um ente que atua como representação do Governo do Estado. A gestora da UPA Mãe Hilda, enquanto gerenciadora de uma estrutura pública, deveria estar a serviço da população, porém se ocupa em assediar trabalhadores e reprimir manifestações justas e legais.
“Aqui, na UPA Mãe Hilda, nos tivemos notícias de que profissionais de diversas classes da saúde estão sofrendo assédio moral constante. Soubemos que médicos estão sendo constrangidos a abrirem mão dos seus direitos trabalhistas, sob pena de perderem seus empregos. Muitos desses médicos têm título de especialista e prestam seus serviços na UPA do Curuzu há muito tempo. O Sindimed já entrou na Justiça para se contrapor a esses fatos”, declarou a presidente do Sindimed-BA, Dra. Ana Rita de Luna.
A mesma agilidade em assediar e reprimir, entretanto, parece não se refletir na capacidade de gestão. Segundo profissionais que trabalham na unidade, faltam até mesmo equipamentos básicos de proteção pessoal, como máscaras, propés e luvas. Quem entra na UPA se assusta com as condições de preservação do imóvel. As paredes estão sujas, há lama na porta e aglomerações na recepção. “Eu quero, como presidente do Sindicato dos Médicos, alertar para o fato de que toda essa situação leva risco à saúde da população”, completou a Dra. Ana Rita.
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