Diretora do Sindimed quer traçar mapa da violência ocupacional nas UPAS

Postada em 22 de maio de 2017 as 13:28
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A Dra. Débora Angeli  prepara pesquisa que vai apontar as diversas violências enfrentadas pelos médicos nas Unidades de Pronto Atendimento de Salvador. A seguir, reproduzimos notícia publicada pelo Cremeb.

Atenta a realidade do trabalho médico a conselheira do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) e diretora do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), Débora Angeli está pesquisando a violência ocupacional e os direitos humanos dos médicos no trabalho em seu projeto de doutorado pela Universidade do Porto (Portugal) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM).

A médica destaca que a questão dos recursos humanos em saúde é um desafio global que atinge os médicos e, consequentemente, seus direitos. A violência no local de trabalho tem sido apresentada como um novo risco ocupacional, estando os médicos particularmente expostos a este tipo de violência.

O problema da Violência Contra os Profissionais da Saúde no Local de Trabalho (VCPSNLT) é generalizado e muito prevalente, tendo causas multifatoriais com determinantes culturais, políticos, sociais, econômicos, de gestão e individuais. Os direitos e garantias no exercício profissional dos médicos têm sido desrespeitados e desconsiderados, e muitas violações não são identificadas como tal, sendo comum a subnotificação dos casos e uma tendência à naturalização dos contextos que envolvem violência.

Apesar de existirem poucos estudos brasileiros sobre as condições de trabalho e saúde dos médicos brasileiros, alguns pesquisadores relacionam a violência no trabalho com a depressão, divórcios e suicídios entre os médicos, além das sequelas físicas e psicológicas das agressões, com repercussão também na qualidade do atendimento prestado à população.

O principal objetivo do estudo é quantificar e identificar a natureza da violência ocupacional e a percepção sobre violações dos direitos humanos no exercício do trabalho pelos médicos plantonistas das 9 Unidades Municipais de Pronto Atendimento (UPAs) de Salvador. Através do preenchimento de um questionário digital a ser enviado por e-mail ou aplicativo de mensagem, serão avaliadas questões de violência ocupacional nas unidades de Itapuã, Brotas, Barris, Fazenda Grande do Retiro, Paripe, Pirajá, Periperi, San Martin, São Cristóvão e Valéria – Santo Inácio.

A pesquisa parte do entendimento de que há necessidade da criação de estratégias para salvaguardar os direitos dos médicos, fazer contribuições importantes para a visibilidade da violência no setor saúde e fornecer subsídios para a formulação de políticas de atenção aos trabalhadores. Sendo também proposta do projeto a criação de um observatório sobre a violência no trabalho médicos na Bahia.

“O trabalho pretende contribuir para a reflexão entre médicos e gestores sobre a discussão do tema da violência ocupacional e suas consequências, possibilitando a obtenção de dados para uma atuação integrada das entidades medicas na divulgação dos direitos humanos no exercício do trabalho médico”, sinaliza Dra. Débora Angeli.

Fonte: Cremeb



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