Feira: Atendimentos suspensos na UPA do Clériston Andrade

Postada em 22 de novembro de 2017 as 20:26
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Os médicos da UPA do Hospital Clériston Andrade, em Feira de Santana, paralisam as atividades a partir desta quinta-feira, 23. Todos os atendimentos a fichas verdes e azuis estarão suspensos, por tempo indeterminado, até que a empresa gestora da unidade, o Instituto Fernando Filgueiras, regularize o pagamento dos salários de agosto, setembro e outubro.

Todas as tentativas de solução para o problema recorrente dos atrasos salariais foram frustradas pelos gestores. As duas reuniões mais recentes, nos dias 31 de maio e no dia 7 de junho, realizadas entre o corpo clínico da UPA e o Instituto Fernando Filgueiras, ambas com a presença do coordenador médico, Dr. José Luiz Araújo, não obtiveram avanço concreto. Nem mesmo a participação do deputado estadual Zé Neto nas negociações surtiu efeito.

Diante da impossibilidade de uma solução negociada, os médicos emitiram um comunicado aos gestores, no último dia 16 de novembro, estabelecendo um prazo de 72 horas para a regularização dos pagamentos em atraso. Neste período, a empresa chegou a orientar que fossem emitidas as notas fiscais referentes ao mês de agosto, mas nenhum pagamento foi efetuado.

Paralisação será ampliada

Caso persista a irregularidade de não pagamento dos salários, os atendimentos a fichas amarelas também serão suspensos. A partir do dia 30 de novembro, só serão atendidos pacientes com classificação de risco vermelha. E a equipe médica estará vigilante à triagem de risco de cada paciente.

É bom lembramos que 5 de dezembro é a data limite para o pagamento do mês de novembro. Caso isso não ocorra, os médicos completarão quatro meses de trabalho sem remuneração. Assim, providências legais estão sendo tomadas no sentido de suspender totalmente os atendimentos, garantindo apenas os casos que envolvam risco iminente de morte.

Além do atraso salarial, os profissionais se queixam de escalas desfalcadas e de que cada vez menos colegas se interessam em compor a equipe médica da UPA. Essa desvalorização do serviço mostra que os gestores não se preocupam com a qualidade do atendimento à saúde.

Os médicos reiteram seu compromisso com a prestação de um atendimento digno à população. A mobilização dos profissionais tem o respaldo do Sindimed, foi comunicada ao Conselho Regional de Medicina e ao Ministério Público.



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