O desrespeito do governo da Bahia em relação aos médicos parece não ter limite. Em plena pandemia, a Sesab rescindiu mais de 200 contratos CLT, obrigando os profissionais a alterarem seus vínculos de trabalho através da contratação como Pessoa Jurídica (PJ), numa evidente e gritante burla aos direitos trabalhistas.
Além da precarização evidente, que acarreta a perda de vários direitos garantidos na CLT, esses médicos sofrem com o constante atraso dos salários. Atualmente boa parte desses profissionais relata que está sem receber desde setembro do ano passado. É uma situação insustentável, quase um semestre sem remuneração.
Segundo a presidente do Sindimed-BA, Dra. Ana Rita de Luna, “são várias denúncias que nos chegam, atingindo não apenas o Hospital Geral do Estado (HGE), mas toda a rede de saúde vinculada à Sesab. Trata-se, portanto, de uma estratégia do governo de precarização das relações de trabalho e brutal desrespeito aos médicos”.
Ao assumir tal postura, o governo mostra que também não tem o menor respeito com a população. A precarização dos contratos e a persistência do atraso salarial coloca em risco o atendimento nas unidades de saúde, podendo gerar um quadro dramático de desassistência a qualquer momento.
A presidente do Sindicato ressalta, que “ao invés de precarizar os contratos, o governo deveria abrir concurso público para dar maior estabilidade aos profissionais médicos e segurança à população que é assistida pela rede do estado”, denuncia a Dra. Ana Rita.
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