A diretoria do Sindimed participou ontem (9) de uma reunião no Hospital Mario Leal, com representantes da Sesab, Conselho de Saúde do Município, pacientes e familiares, equipe médica, funcionários, SindSaúde, Associação Psiquiátrica da Bahia, Ordem dos Médicos do Brasil (OMB), entre outras entidades, para tratar sobre o possível fechamento do hospital, anunciado em maio pela Superintendência de Recursos Humanos da Sesab.
De acordo com Sandra Peu, médica que trabalha no Mário Leal e que esteve presente na reunião, uma comissão foi criada para analisar o projeto de desativação da unidade elaborado pela Sesab, “já que não existe uma coordenação de saúde mental no Estado, que poderia dar um parecer técnico”, afirmou a médica. A primeira reunião desta comissão será realizada na próxima segunda-feira (13), às 14h, no hospital.
Ainda de acordo com Sandra Peu, o anúncio do fechamento causou grande impacto entre a diretoria e os funcionários, além dos pacientes e seus familiares, já que nunca houve, por parte da Sesab, a iniciativa de diálogo para tratar sobre o assunto. Para a médica, o fechamento do Mário Leal poderia trazer sérios danos à saúde da população que precisa do serviço de emergência oferecido pelo hospital, que é referência no Estado. “Pacientes em surto, usuários do SUS, não terão para onde recorrer.”
De acordo com informações da diretora do hospital, Inah Bispo, caso a unidade venha a fechar as portas, 6 mil pacientes do ambulatório ficariam desassistidos, 5300 deixariam de receber medicamentos de alto custo, além da suspensão de 2 mil consultas que são realizadas por mês no hospital.
Deixe uma resposta