A União Médica – Cooperativa de Trabalho Médico de Feira de Santana cobra de cada associado R$ 69.515,15 com o objetivo de sanear prejuízo referente a perdas no exercício de 2015. Contudo, segundo um dos cem cooperados, que não se identificou temendo represálias, a cobrança do valor per capita desconsidera o fato de haver um fundo de reserva de R$ 3,13 milhões que pode ser usado, dentre outras eventuais necessidades, neste tipo de situação.
O denunciante disse que numa assembleia realizada em março do ano passado foi apresentado aos participantes um valor de perda bruta em torno de R$ 6,89 milhões e informado um montante no fundo de reserva da ordem de R$ 3,13 milhões. A diferença entre o passivo apresentado e o fundo existente deveria resultar numa perda líquida de R$ 3,74 milhões a ser rateada entre os cooperados, o que daria algo em torno de R$ 37,47 mil para cada um (metade dos R$ 69.51 mil cobrados).
Aliás, foi a perda liquida de R$ 3,74 milhões o valor apresentado ao médico em uma carta datada de setembro de 2016. A correspondência também o convidava a comparecer à cooperativa. “Procurei a cooperativa e, para minha surpresa, fui informado que o valor a ser rateado seria o bruto, sem levar em conta o fundo de reserva. Solicitei documento com esta informação e eles negaram. Estabelecemos uma negociação e para minha surpresa a União Médica protestou um título em meu nome no valor de R$ 69.515,15”, lamenta o médico.
“Como se não bastasse, o rateio foi feito de forma linear, sem levar em conta a decisão do STJ – recurso especial número 1303150-DF (2012\0007171-1) – que determina a divisão de prejuízos baseada na proporção da produção de cada cooperado. Além disso, fui excluído do quadro de cooperados e o valor de minhas cotas não foi abatido da dívida”, finaliza o médico.
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