É sabido por pacientes e prestadores de serviço que o PLANSERV vem sofrendo um sucateamento progressivo por redução dos subsídios estatais; falta de revisão das tabelas; ausência de melhoria de cobertura; redução do atendimento pela prática de cotas (conforme aponta a ASHEB) e atrasos nos repasses para hospitais e médicos.
Com este cenário, observamos uma política de desassistência silenciosa. Ou seja, o usuário sofre com a restrição do acesso aos profissionais de saúde. Na prática, enfrentando uma grande dificuldade para marcar consultas e procedimentos, o que se traduz em longas esperas.
O usuário do planserv padece também com uma outra situação grave: a falta de inclusão do avanços de métodos diagnósticos e terapêuticos. Além disso, frequentemente, impedido de realizar, quando necessário, dois procedimentos simultâneos. Isso dificulta a oferta de um serviço de saúde mais eficiente e moderno, prejudica o atendimento e pode até ocasionar grandes impactos negativos no quadro do paciente.
Um dos mais belos sinais de bom senso de um homem ou de um governo, é a capacidade de ouvir e se dispor a ajustar rotas. A recente notícia do último sábado, 15 de março, do acordo firmado entre os anestesiologistas e a gestão do Planserv, mostrou que o Governo pôde rever paradigmas.
Num único ato, reviu o antigo conceito de somente fazer acordos comerciais com hospitais e clínicas e firmou contrato diretamente com os médicos anestesistas. Entretanto, essa medida isolada a uma única especialidade médica, não resolve o problema.
O servidor do Estado da Bahia, usuário do Planserv, sabe que necessita das outras especialidades que seguem paralisadas. Sabe que precisa ter assegurado o direito à saúde de qualidade, com acesso aos avanços da Medicina. Precisa sobretudo que seja eliminada a desumana política de cotas, hora praticada.
O Sindimed-BA, sempre atento aos pleitos da classe médica e visando os interesses da nossa população baiana, reforça a necessidade de avançar, no sentido de fazer acordos com médicos prestadores das demais especialidades com pagamento direto dos honorários, independente dos necessários acordos com os hospitais.
A atualização do rol de cobertura e dos valores praticados, bem como a suspensão da nefasta política de cotas são também pontos indissociáveis para o fornecimento do serviço de qualidade para o usuário Servidor Público do Estado da Bahia e seus dependentes.
O Sindimed-Ba segue em busca dos avanços, no sentido de assegurar a melhor oferta de saúde, moderna e eficiente, com médicos motivados diretamente credenciados e rede hospitalar amplamente disponível para a nossa população de 518 mil usuários.
Dra. Ana Rita De Luna – Presidente do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia
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