A presidente do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia, Dra. Ana Rita de Luna Freire Peixoto falou ao vivo ao Jornal da Manhã, da TV Bahia, sobre as denúncias referente à UPA do Curuzu. A entrevista foi concedida à jornalista Andreia Silva na edição desta quinta-feira, 10 de setembro. No portal G1 você pode conferir o vídeo da transmissão, na íntegra, como também a integra do texto sobre a entrevista. É só clicar no link abaixo.
http://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2020/09/10/sindicato-dos-medicos-denuncia-ao-mp-irregularidades-em-upa-de-salvador-sesab-diz-que-queixa-e-retaliacao-apos-intervencao.ghtml
Veja a seguir a parte inicial da matéria:
O Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindmed) apresentou uma denúncia ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), relatando irregularidades administrativas, como favorecimento, assédio moral e retaliações na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Mãe Hilda, que fica no bairro do Curuzu, em Salvador.
Segundo a presidente do Sindmed, Ana Rita de Luna, médicos da unidade narraram vários episódios de improbidade administrativa cometidas pela atual gestora da unidade, e a apresentaram provas que foram encaminhadas junto com a denúncia.
“A denúncia em si não tem nada a ver com jornada de trabalho. A denúncia reza a respeito de indícios sérios e robustos, mediante prints de telas de WhatsApp, gravações de áudio e também vídeo, em que uma funcionária, gestora ligada à Sesab desta unidade, constrange médicos a saírem dos seus vínculos de CLT, onde têm seus direitos preservados, como férias, 13º e seguro em caso de doenças, para abrir mão dos seus direitos trabalhistas e entrar em uma Pessoa Jurídica que ela indicaria, e que os médicos só seriam admitidos se ela assim o quisesse. E também, para piorar a situação, ela disse que já demitiu um dos médicos, como o diretor médico, o chefe da equipe”, disse Ana Rita de Luna.
A presidente do Sindmed disse ainda que a situação burla o concurso público feito pelos médicos da unidade e que interfere diretamente nos direitos trabalhistas dos profissionais.
“Segundo nossa criminalista, Dra. Taís Bandeira, é um forte indício de improbidade e assédio moral à equipe. Então, estamos falando sobre um caso muito grave, do tratamento da coisa pública, como se fosse a coisa privada, onde o estado tende a escolher o vínculo, escolher a pessoa jurídica, dizer que o médico estará na pessoa jurídica que ele escolhe. Isso é uma completa burla ao concurso público”.
“Se formos considerar, por exemplo, que estamos em uma pandemia e estar-se convidando os médicos a abrirem mão dos seus direitos trabalhistas e garantias, até porque o seguro que foi proposto pelo sindicato e aceito pelo governador não está funcionando, os médicos não estão recebendo, esses que estão de pessoa jurídica no Covid, os médicos estão desguarnecidos”.
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